tag:blogger.com,1999:blog-50693513108447905022024-02-10T18:03:20.252-03:00Reflexão GeralFernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-89541947518269368262024-01-31T12:51:00.001-03:002024-01-31T12:52:07.726-03:00Cólera e Indiferença - Pré-Venda<p> <a href="https://operaeditorial.com.br/produto/colera-e-indiferenca/" target="_blank">Link para a Pré-Venda.</a></p><p>Pessoal, já venho há algum tempo divulgando aqui no blog trechos do meu novo livro "Cólera e Indiferença". E ele finalmente foi acolhido por uma casa editorial muito legal.</p><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xsoE0oTpKcNM_HYhHX1qbs32vji87OT4aor1e7w7Yxzapf9tTIv0LxwluVzW7ECS8TVfSDmVAOe0u2YXwmsCvAwgKc7vUNbNXqlebVwv3zF6jc8vBkO2W0S1zH8F_hgRSdPW6jwfTXJD4FG8Ec7_X-iIUJSZEL_5RFwiGggzhMg2FyzKhZbzaGzv/s2250/6.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2250" data-original-width="1410" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj7xsoE0oTpKcNM_HYhHX1qbs32vji87OT4aor1e7w7Yxzapf9tTIv0LxwluVzW7ECS8TVfSDmVAOe0u2YXwmsCvAwgKc7vUNbNXqlebVwv3zF6jc8vBkO2W0S1zH8F_hgRSdPW6jwfTXJD4FG8Ec7_X-iIUJSZEL_5RFwiGggzhMg2FyzKhZbzaGzv/w251-h400/6.jpg" width="251" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: x-small;">Cólera e Indiferença - Fernando Borges (Capa)</span></td></tr></tbody></table><br /><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []">Sinopse:</div><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []">O caso de Phineas Gage, homem que apresentou drásticas mudanças de personalidade após acidente que afetou a região pré-frontal de seu cérebro, povoa a mente de Clarice, uma jovem médica que teme que algo semelhante ocorra com seu namorado, Ricardo, que está prestes a realizar uma neurocirurgia na mesma localização.</div><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []"><br /></div><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []">Trecho da Obra:</div><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []"><br /></div><div data-en-clipboard="true" data-pm-slice="1 1 []"><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">1.</p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">Clarice sentia-se um monstro. O risco de insucesso cirúrgico a aterrorizava, mas as possíveis sequelas povoavam sua mente. Seu namorado poderia passar a babar, perder sua capacidade cognitiva, tornar-se um inválido. Trocar as próprias fraldas, a depender do grau do estrago, poderia ser motivo para comemoração.</p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">Ele também poderia deixar de amá-la.</p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">Em sua ainda breve carreira como médica, nunca havia presenciado casos de pacientes com perda de empatia e sensibilidade afetiva após cirurgias cerebrais, entretanto, a literatura médica sobre o tema não era escassa, principalmente quando a área afetada envolvia o lobo pré-frontal, porção do encéfalo de Ricardo agora com um visitante inconveniente e que, segundo a equipe médica, deveria ser retirado cirurgicamente.</p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">As aulas de neurocirurgia ainda estavam frescas em sua memória, ou pelo menos os casos curiosos, como o de Phineas Gage. Um homem que se tornou um grande babaca após uma barra de metal perfurar seu crânio, justamente a famosa área pré frontal. Foi em 1848, e de lá para cá, múltiplos casos semelhantes foram estudados.</p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;"><br /></p><p style="background-color: white; color: #333333; font-family: "Helvetica Neue Light", HelveticaNeue-Light, "Helvetica Neue", Helvetica, Arial, sans-serif; font-size: 14px; margin: 1em 0px; outline: none; padding: 0px; text-align: justify;">Lia repetidamente em seu celular a mensagem de sua irmã. "lamento muito. espero que fique tudo bem". Essa era a mensagem dela? Um texto protocolar e genérico. Lamentava o que exatamente? Ele ainda está vivo. Lúcido, comunicativo e esperançoso. Ou, como os médicos gostam de escrever, LOTE, lúcido e orientado em tempo e espaço. Numa maca, em uma sala fria daquele hospital. Aguardando um procedimento que poderia ter como desfecho a sua morte. Ainda assim, sua irmã nem sequer se dera ao trabalho de escrever o seu nome. Ricardo.</p></div>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-14609077077462920842021-07-25T22:13:00.001-03:002024-01-31T12:21:56.681-03:00Cólera e Indiferença - compartilhando mais trechos<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-2MSpnNEyHYQ/YP4L1K3FZrI/AAAAAAAACyA/D5plzK1M-fsu1LjM5J6eJps85gs5PX-zwCLcBGAsYHQ/s800/Psychogeography-sculpture-by-Dustin-Yellin.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="450" data-original-width="800" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-2MSpnNEyHYQ/YP4L1K3FZrI/AAAAAAAACyA/D5plzK1M-fsu1LjM5J6eJps85gs5PX-zwCLcBGAsYHQ/w400-h225/Psychogeography-sculpture-by-Dustin-Yellin.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Arte de Dustin Yellin</td></tr></tbody></table><br /><p><br /></p><p>Livro em Pré-Venda pela Opera Editorial: <a href="https://operaeditorial.com.br/produto/colera-e-indiferenca/" target="_blank">Aqui link </a></p><p><br /></p><p>Se Clarice cedesse, tirasse os fones de ouvido e se colocasse inteiramente a sua disposição, na maior parte das vezes, nada mudaria. Ele continuaria com suas atividades, com seu trabalho que o seguia até em casa, e ela ficaria como uma boba encarando um homem que se fazia de sério e ocupado.</p><p>Outras vezes, no entanto, ele se sentaria ao seu lado, perguntaria sobre seu dia, de seus pacientes chatos obcecados com laudos ou com renovações de Rivotril. Outras vezes, até, traria sua mão até seus lábios e falaria alguma bobagem que a fizesse rir. “Ó, honorável rainha, não sou digno de beijar-lhe a pele... Como esse humilde servo poderia lhe entreter? Devo, com as minhas próprias unhas, arrancar de meu peito o coração, para provar que pulsa por ti?”</p><p>Essas brincadeiras invariavelmente descambavam em sexo. E no fim, em algum momento de distração, Ricardo simularia baforadas de cigarro, mesmo que não fumasse, apenas para arrancar-lhe alguns risos, e diria:</p><p>— Foi bom para você, meu amor?</p><p>Agora, no entanto, Clarice olhava para Ricardo, sem saber que tipo de noite seria essa.</p><p>__________</p><p>Clarice, não raramente, sentia que sua idade mental caia pelo menos vinte anos quando discutia com seu pai, e já podia sentir protestos e revolta escalando rapidamente em seu interior. </p><p>Em geral, seu coração acelerava e as palavras explodiam, como se tivessem vida própria. Mas não desta vez. Ao conter seus impulsos, ela quase conseguiu sentir uma úlcera se abrir em seu estômago.</p><p>__________</p><p>— Você é uma boa filha! Você é!</p><p>De algum modo, Clarice agora se sentia também um fracasso como paciente. Ver sua psicanalista, sempre tão contida no papel de terapeuta, perder a paciência, era ao mesmo tempo engraçado e trágico.</p><p>_____</p><p>Pessoal, é isso. Esses são alguns trechos que selecionei. O livro está finalizado. Deu um trabalho do cão, mas sinto que aprendi muito nesse processo. Agora ficará guardadinho aqui comigo até alguma editora demonstrar interesse em publicar, se algum dia alguma quiser. Vou atualizando vocês e, claro, não paro por aqui. Já tenho novos projetos e já estou escrevendo novas histórias.</p>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-6564578209044180432021-03-22T21:56:00.009-03:002024-01-31T12:23:35.260-03:00Cólera e Indiferença - Início da nova obra<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-h2o9pYiFGZg/YFlFvIpL0mI/AAAAAAAACvA/Th_lOR0qa6EsFnUtP_zkxoQsc1YyEC1FACLcBGAsYHQ/s1024/Piet%2BMondrian%2B-%2BGray%2BTree%2B%25281911%2529.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="757" data-original-width="1024" height="296" src="https://1.bp.blogspot.com/-h2o9pYiFGZg/YFlFvIpL0mI/AAAAAAAACvA/Th_lOR0qa6EsFnUtP_zkxoQsc1YyEC1FACLcBGAsYHQ/w400-h296/Piet%2BMondrian%2B-%2BGray%2BTree%2B%25281911%2529.jpg" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #666666;"><i>Piet Mondrian - Gray Tree (1911)</i></span></td></tr></tbody></table><br /><p></p><p><br /></p><p>Livro em Pré-Venda pela Opera Editorial: <a href="https://operaeditorial.com.br/produto/colera-e-indiferenca/" target="_blank">Aqui o Link</a></p><p><br /></p><p>CÓLERA E INDIFERENÇA </p><p><br /></p><p>1.</p><p><br /></p><p>Clarice sentia-se um monstro. O risco de insucesso cirúrgico a aterrorizava, mas as possíveis sequelas povoavam sua mente. Seu namorado poderia passar a babar, perder sua capacidade cognitiva, tornar-se um inválido. Trocar as próprias fraldas, a depender do grau do estrago, poderia ser motivo para comemoração.</p><p><br /></p><p>Ele também poderia deixar de amá-la.</p><p><br /></p><p>Em sua ainda breve carreira como médica, nunca havia presenciado casos de pacientes com perda de empatia e sensibilidade afetiva após cirurgias cerebrais, entretanto, a literatura médica sobre o tema não era escassa, principalmente quando a área afetada envolvia o lobo pré-frontal, porção do encéfalo de Ricardo agora com um visitante inconveniente e que, segundo a equipe médica, deveria ser retirado cirurgicamente.</p><p><br /></p><p>As aulas de neurocirurgia ainda estavam frescas em sua memória, ou pelo menos os casos curiosos, como o de Phineas Gage. Um homem que se tornou um grande babaca após uma barra de metal perfurar seu crânio, justamente a famosa área pré frontal. Foi em 1848, e de lá para cá, múltiplos casos semelhantes foram estudados.</p><p><br /></p><p>Lia repetidamente em seu celular a mensagem de sua irmã. "lamento muito. espero que fique tudo bem". Essa era a mensagem dela? Um texto protocolar e genérico. Lamentava o que exatamente? Ele ainda está vivo. Lúcido, comunicativo e esperançoso. Ou, como os médicos gostam de escrever, LOTE, lúcido e orientado em tempo e espaço. Numa maca, em uma sala fria daquele hospital. Aguardando um procedimento que poderia ter como desfecho a sua morte. Ainda assim, sua irmã nem sequer se dera ao trabalho de escrever o seu nome. Ricardo.</p><p><br /></p><p>______________</p><p><br /></p><p>Pessoal, essa é a abertura de uma obra que estou dedicando bastante carinho. Atualmente está na versão que chamo de 2.3. Com 58 páginas, tem começo, meio e fim, mas isso não quer dizer que eu tenha terminado. Foram 04 meses para escrever, já recebi o feedback de uma leitura crítica e de um leitor beta. E aguardando o parecer de mais alguns leitores beta.</p><p><br /></p><p>A ideia é, aos pouquinhos, ir melhorando e reescrevendo tudo no decorrer do ano. Entre trabalho, muitos plantões, pandemia, estudo para residência e também estudo de escrita criativa. Nessa bagunça toda, do jeito que dá, vou chegar lá. </p><p><br /></p><p>__________________</p><p><br /></p><p>Pra não perder o costume:</p><p>*Link de compra do livro Emancipação: </p><p><a href="https://www.editoraprimata.com/emancipacao-de-fernando-borges/p">https://www.editoraprimata.com/emancipacao-de-fernando-borges/p</a></p><p><br /></p><p>*Instagram: @fernando_borges_autor</p><div><br /></div>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-1086859910030426882020-08-10T12:36:00.003-03:002024-01-24T19:51:24.761-03:00EMANCIPAÇÃO - Meu primeiro livro publicadoGalerinha, se tem uma coisa que eu não sei fazer (entre infinitas outras) é vender o meu peixe. <div><br /><div>Só escrevo meus textinhos e posto por aqui. Mas agora publiquei um livro pela <a href="https://www.editoraprimata.com/produto/524015/emancipacao-de-fernando-borges" target="_blank">Editora Primata</a>. O livro é aberto com a apresentação do Leandro, um amigo de infância com o qual cresci escrevendo. </div><div><br /></div><div>A seguir tem uma homenagem para a minha bisavó 💖💖💖<br />Aliás, essa homenagem está postada na íntegra aqui no blog: <a href="http://www.reflexaogeral.com.br/2020/08/para-bisavo-baia.html" target="_blank">Bisavó Baia</a></div><div><br /></div><div>E então, finalmente, a obra que nomeia o livro. Emancipação<br />A história se passa num pequeno corte temporal da vida de uma família, tudo, do começo ao fim, na perspectiva de uma criança que vive um conflito entre as narrativas de sua mãe e aquelas que ele próprio passa a desenhar para o seu pequeno mundo.</div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-CcKPxOvx4Iw/Xy4MQKqREgI/AAAAAAAACqA/NMtoKCSiV9ERaw-8MhtN-rNdjPM06crswCLcBGAsYHQ/s567/Capa%2B-%2BEmancipa%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="567" data-original-width="371" src="https://1.bp.blogspot.com/-CcKPxOvx4Iw/Xy4MQKqREgI/AAAAAAAACqA/NMtoKCSiV9ERaw-8MhtN-rNdjPM06crswCLcBGAsYHQ/s0/Capa%2B-%2BEmancipa%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capa do livro<br /></td></tr></tbody></table><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-odWjCmVLdWY/Xy4NFqUmz9I/AAAAAAAACqM/0x9kDKZTPXk5R5ngXuoj_Au0B0B4CgQvgCLcBGAsYHQ/s415/Bote%2Bna%2Bsala%2B-%2BEmancipa%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" style="display: block; margin-left: auto; margin-right: auto; padding: 1em 0px;"><img border="0" data-original-height="415" data-original-width="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-odWjCmVLdWY/Xy4NFqUmz9I/AAAAAAAACqM/0x9kDKZTPXk5R5ngXuoj_Au0B0B4CgQvgCLcBGAsYHQ/s0/Bote%2Bna%2Bsala%2B-%2BEmancipa%25C3%25A7%25C3%25A3o.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O pequeno trecho que escolhi para o verso do livro<br /></td></tr></tbody></table><div><br /></div><div>Gente, então é isso. Quem tiver interesse pode comprar o livro lá no site da editora.<br /><a href="https://www.editoraprimata.com/emancipacao-de-fernando-borges/p" target="_blank">Emancipação - Editora Primata</a></div></div>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-76106628343487888842020-08-07T12:02:00.004-03:002021-03-22T22:13:14.721-03:00Para Bisavó Baia<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-4c1sSAlSJFU/XzRtCrt2X1I/AAAAAAAACqc/V5aM2Oqb_RwM90hLjg1pkfcPseHm9GhjwCLcBGAsYHQ/s2048/V%25C3%25B3%2BBaia.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1448" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-4c1sSAlSJFU/XzRtCrt2X1I/AAAAAAAACqc/V5aM2Oqb_RwM90hLjg1pkfcPseHm9GhjwCLcBGAsYHQ/s640/V%25C3%25B3%2BBaia.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ilustração LINDA da Vó Baia feita pela <a href="https://www.instagram.com/bbbibilandia/?hl=pt-br" target="_blank">Bibi</a></td></tr></tbody></table><p><br /></p><p>Vó Baia.</p><p>Foi assim que sempre ouvi seu nome, de filha e netas saudosas. Até mesmo da minha irmã, que nunca a conheceu, mas que exprime sua alcunha com tanto carinho como se evocasse uma centena de memórias felizes. E felicidade é o que vejo nos olhos da minha mãe quando ela nos conta com ternura da idosa pretinha, baixinha, de cabelos brancos em tranças na raiz, saia até os pés, sempre com o terço nas mãos, devota de São José, que em todas as oportunidades passeava com sua neta Senir para comer pães de queijo. Ou do angu e torresmo que tanto amava. Do fumo de mascar sem o qual jamais podia ficar sem. Ou de como, no cantinho de sua cama, sempre se amontoavam seus netos, os quais ajudou a criar e que a tinham como uma segunda mãe. </p><p>Me pergunto como a senhora se sentiria se pudesse nos visitar hoje. Conheceria bisnetos que a amam sem nunca terem visto uma única fotografia sua. Netos a abraçariam e demandariam novamente um cantinho em sua cama. Saberia sobre sua filha que, antes de falecer, atestava a satisfação de ter vivido uma vida completa.</p><p>***</p><div>MARIA JOSÉ MECIA, tida carinhosamente como Vó Baia, nasceu entre 1900-1910 na cidade de Bom Sucesso, Minas Gerais. Posteriormente, mudou-se para Ibiá, MG. Foi Mãe de Maria de Jesus Caputo Borges e Avó de um monte de netos com nomes terminados em “IR”: Senir, Zenir, Cleusair, Edir, Elair, Valdecir, Audair, Adair, Valcir e Ademir. Criou os netos junto com sua filha. Era conhecida por ser uma excelente bordadeira, trabalho que lhe rendia o suficiente para que pudesse comprar seus desejados pães de queijo. A escravidão negra, tão recente, era tema presente e importante em sua vida. Um de seus sonhos era ter uma fotografia sua tirada. Faleceu em 1964. Nunca será esquecida.</div><div><br /></div><div>***</div><div><br /></div><div>Essa homenagem para a minha bisavó está no início do meu livro <i>Emancipação</i>. Estou publicando pela <a href="https://www.editoraprimata.com/produto/524015/emancipacao-de-fernando-borges" target="_blank">Editora Primata</a> e já está à venda.</div>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-23360198889846476342019-08-22T21:57:00.005-03:002020-12-03T18:55:15.348-03:00Indiferença a 200km/h<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-4zRi-hVSUS8/XV820LFLauI/AAAAAAAACkU/w6AlZZCyVnU0DKyVRnSlwyz2yeGvSl0VQCLcBGAs/s1600/....png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="387" data-original-width="793" height="195" src="https://1.bp.blogspot.com/-4zRi-hVSUS8/XV820LFLauI/AAAAAAAACkU/w6AlZZCyVnU0DKyVRnSlwyz2yeGvSl0VQCLcBGAs/s400/....png" width="400" /></a></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif">O ano é 2008. No fim do dia, já
escurecendo, um dos instrutores ofereceu carona até a rodoviáriaao ao ver que eu estava sem carro. Eu faria o retorno do interior próximo de volta para a Capital. Ele, curioso,
vendo um jovem de semblante entediado, de perfil contrastante dos
demais, perguntou por quê saí da minha cidade, sozinho, para saltar
de paraquedas a uma altitude de 12.000 pés. Ou, sendo menos
didático, perguntou <i>“por que você veio?</i>”. </span></div><div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div><div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""arial" , sans-serif">Então eu
menti. Menti para ele, menti para mim. Racionalizei uma narrativa
básica, coerente, que reproduzi por muitos anos.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif">A minha resposta não importa.
Qualquer coisa genérica do tipo sempre </span><i style="font-family: Arial, sans-serif;">sonhei, sempre tive
vontade</i><span face=""arial" , sans-serif">.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;"><span face=""arial" , sans-serif">A essa altura, percebo que o
assunto nem rende tanto texto assim. Poderia até ser 03 tweets. Mas não importa. Nem twitter eu tenho.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif">A verdade é que eu queria
profundamente sentir qualquer coisa. Queria gritar até meus pulmões
falharem. Queria vislumbrar minha versão contida rendendo-se.</span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"><br /></span></div>
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face="arial, sans-serif">O engraçado é que diversas vezes, de lá para cá, me percebi sentindo justamente aquilo que busquei no céu, porém com os pés no chão. Espontaneamente.</span></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 100%; margin-bottom: 0cm;">
<span face=""arial" , sans-serif"></span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-68602580120953781012016-05-08T23:57:00.000-03:002016-12-03T19:10:47.215-02:00A Chuva<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://2.bp.blogspot.com/-_Q0YFQw9pYw/Vy_zbPNqevI/AAAAAAAAB5k/UK9leFFgKtsgnXE34iYpL0soA8_oi-grQCLcB/s1600/Cutting-thorugh-water-550%2B-%2BLuis%2BA.%2BGutierrez.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="236" src="https://2.bp.blogspot.com/-_Q0YFQw9pYw/Vy_zbPNqevI/AAAAAAAAB5k/UK9leFFgKtsgnXE34iYpL0soA8_oi-grQCLcB/s320/Cutting-thorugh-water-550%2B-%2BLuis%2BA.%2BGutierrez.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><a href="http://artbylag.com/" target="_blank">Luis A. Gutierrez (LAG)</a></td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Milhões de gotas em uníssono cortado apenas por rompantes de raios e trovões. Logo o corpo se encharca e o emaranhado interior, em sua amálgama de
sentimentos desconjuntos, escorre da cabeça aos pés, desprendendo-se lavado pela chuva.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Resta apenas a correnteza que desenrola-se diante do meio
fio e, nas mãos da criança, a embarcação que a desbravará.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Então </span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">através das</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> águas revoltas desta correnteza, o barco persiste obstinado, desaparecendo no horizonte e para além da cortina densa que reduz a rua a poucos metros
observáveis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Nada mais acontece, nada mais importa, nada mais existe.
E mesmo anos depois, de tempos em tempos, essa torrente ainda deságua na mente
do adulto, e talvez por alguns instantes desapareçam também no horizonte, junto
com o barquinho de papel, todas as angústias.<o:p></o:p></span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-91875486715861597062014-05-18T10:00:00.001-03:002020-08-02T14:11:05.509-03:00Sob as Estrelas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-hDkMHZL1qPE/U3g9wynrOCI/AAAAAAAABqU/RP5ZPOS1hs8/s1600/Night+Over+The+Rhone+-+Vicent+Van+Gogh.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="132" src="http://2.bp.blogspot.com/-hDkMHZL1qPE/U3g9wynrOCI/AAAAAAAABqU/RP5ZPOS1hs8/s1600/Night+Over+The+Rhone+-+Vicent+Van+Gogh.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<br /><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">[</span><i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 11pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Aviso: esse post possui níveis transbordantes de
breguice</span></i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">]</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Numa época norteada por idealizações, transição entre a infância e o
início da adolescência, era impossível não fantasiar com o primeiro beijo. No
ímpeto de tranquilizar meu nervosismo e ansiedade, eu dizia a mim mesmo que não
poderia ser muito diferente de beijar a bochecha de alguém, por exemplo. <i>Que grande diferença pode haver?</i> Mas
estou me precipitando. Essa história começa mais cedo, anos antes, na minha
primeira paixão infantil. Sim, isso mesmo, por mais piegas que possa parecer.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Em uma manhã qualquer, no meio das férias, quando já não diferimos os
dias da semana, minha tia me intimou a acompanhá-la até a casa de uma amiga.
Não recusei. Quando se está no interior de Minais Gerais, visitar a casa das
pessoas significa ser recebido com pães de queijo, leite, café e tudo o mais
que possam oferecer, especialmente quando você é uma criança.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">A porta de entrada da casa levava direto para a sala e lá, sentada num
sofá, estava ela. Penteando seus longos cabelos castanhos.Indiferente a tudo. Em todo o seu resplendor m</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16px;">e pareceu como um anjo.</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 16px;"> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Meninas tendem a ser mais maduras que os
garotos, imaginem então quando existem anos de diferença. Através de seus olhos
eu provavelmente era apenas mais uma criança. E ainda por cima não ensinada a não encarar
as pessoas.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para mim mudou tudo, como se algo tivesse acendido em meu peito. </span><i style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como vivi até aqui sem sentir isso? O que é
isso?</i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Num momento da vida em que tudo é à
flor da pele e em que cada sentimento parece eterno, aquilo foi arrebatador. Minha
primeira paixão.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Anos mais tarde, no auge da minha pré-adolescência, outra vez no
interior de Minas Gerais, enquanto o bigode virgem mal ameaçava aparecer, lá estava eu
mais uma vez apaixonado, e pela mesma garota. Um romântico incorrigível.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Voltemos agora para a minha expectativa e ansiedade pré-primeiro-beijo. Não fazia ideia de quando iria acontecer. Em alguns momentos
cheguei até a me convencer de que nunca aconteceria. Um ponto de autoestima pra
mim!</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Alguém me disse, ou li em algum lugar, que beijar era
como chupar laranja. Não lembro se meus parentes perguntaram sobre o meu súbito
interesse pela fruta, mas encarei como questão séria. Precisava treinar.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então lá estava eu fugindo dos olhares preocupados dos familiares, que
aparentemente temiam algum desenrolar mais problemático da história. Com isso,
entendam-se bebês. Será que era esse o motivo da preocupação? Será que era por
isso que tentavam nos vigiar, separar!? Eu preocupado com o primeiro beijo e eles
com gravidez? Não sei. Naquela idade tudo parecia mais dramático do que
realmente era.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">De qualquer maneira, finalmente estávamos juntos novamente. Sua ausência
tornara-se palpável e parecia impossível fechar os olhos e não pensar nela.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Era noite, o céu coberto por estrelas (sempre fui fascinado por
elas) e estávamos sentados na calçada. Depois de vários minutos de silêncio,
numa batalha interna por coragem, levantei meu rosto e olhei em seus olhos, o
coração disparado e o ar faltando. Numa voz fraca e insegura: - Posso te
beijar?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">“Não”. Foi essa a resposta. Meu mundo desabou. As estrelas
perderam o brilho (ou talvez eu simplesmente tenha abaixado a cabeça) e
mergulhei em mim mesmo, resignado.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Trazendo-me de volta do mar em que tinha afundado e, assim, sem que
pudesse me preparar ou mesmo perceber o que estava acontecendo... Senti seu
rosto no meu, seus lábios nos meus, repentinamente e sem aviso. Meu primeiro
beijo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Costumo avaliar mentalmente minhas experiências no momento em que elas
acontecem. Mas não dessa vez. Não havia qualquer espaço dentro de mim que
pudesse fazer qualquer coisa além de sentir aquilo que vibrava dentro de mim. </span><i style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então é isso a felicidade?</i><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> Definitivamente
não era como beijar a bochecha de alguém.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 10pt; line-height: 115%;">Imagem: Night Over
The Rhone - Vicent Van Gogh</span><span style="font-family: arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-69934973868793787542013-09-25T12:35:00.006-03:002020-12-30T22:49:50.908-03:00No Fim da Infância<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-G9f7WRSnCHs/UkMBZqD6wSI/AAAAAAAABnw/JLBdIozuwdM/s1600/Toy+Story+3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="227" src="http://4.bp.blogspot.com/-G9f7WRSnCHs/UkMBZqD6wSI/AAAAAAAABnw/JLBdIozuwdM/s400/Toy+Story+3.jpg" width="400" /></a></div>
<div>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div>
<i><span face="Arial, sans-serif">Sinais de que a infância estava chegando ao fim</span></i></div>
<div>
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div>
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Lembro muito bem de ver meus bonecos e me sentir bem por saber que eles
representavam todo um mundo para o qual eu poderia escapar quando achasse
necessário. </span></div><div><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sabia que poderia simplesmente juntá-los e arquitetar alguma
história de lutas, batalhas e superação. Mas também me lembro de como isso foi
gradativamente deixando de ser tão legal. </span></div><div><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Realmente ficava preocupado: “Que vida será essa em que brincar com
meus bonecos não será divertido?”. E eu me enganava quando concluía que estava
apenas passando por uma fase, que o desejo de brincar nunca desapareceria por
completo. Bom, desapareceu.</span></div>
<div>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Ao mesmo tempo, alguns elementos traziam consigo um indicativo do que
era a vida dos adultos: um copo americano, manchado pelo resto
de café frio em seu fundo. Seu gosto amargo. Essa imagem era
para mim uma marca intensa da estafa. </span></div><div><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div><div><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Ou as olheiras profundas no rosto da mãe que
chegava em casa após o trabalho. As cartas que logo ao serem entregues
despertavam reclamações sobre as infindáveis contas a pagar.</span></div>
<div>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div>
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não que eu tivesse uma opinião definida sobre ser adulto,
afinal, nessa época eu apenas nutria vagas idealizações sobre minha futura
profissão. Quando ainda mais novo, essas idealizações oscilavam entre ser
escritor, vendedor de cachorro quente ou jogador de basquete. </span></div><div><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O que importa
é que o universo dos crescidos não me despertava grandes interesses,
pelo contrário.</span></div>
<div>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div>
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">E, no entanto, lá estava eu me esforçando para que aqueles brinquedos
e objetos retomassem a vida que outrora tiveram.</span></div>
<div>
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; text-align: center;"> ***</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Um mundo de luz e paz convertera-se num antro de desolação, escuridão e
terror. Surgia então o grande herói. Um herói que não estava certo de suas
capacidades, mas que enfrentaria todos os obstáculos para provar seu valor e
livrar as pobres almas de seu sofrimento ininterrupto. A era dos grandes vilões estava com seus dias
contados.</span><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><br />
<br />
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Era mais ou menos assim que a maioria das aventuras se iniciavam.
Elas podiam se estender por minutos, horas e até dias. Podiam ser reencenadas e
finais alternativos não faltavam. Todos os meus heróis inevitavelmente cediam
em algum ponto, caindo ante novos <i>senhores da maldade infinita</i>, apenas
para abrir lugar para um novo <i>chosen one</i>. </span></div><div style="text-align: left;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pode não ser a coisa mais
saudável, mas muitos dos meus bonecos encontravam seu fim no fogo, congelamento
ou desmembramento. Este último, em geral, acontecia nas garras de um dos maiores
vilões da minha infância, um alicate que minha mãe usava
para podar as plantas. O martelo também era um vilão importante e recorrente
nas minhas tramas. </span></div><div style="text-align: left;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Não me entendam mal, eu não era um equivalente do Sid, o
menino malvado e sádico de Toy Story. Eu apenas acreditava que meus heróis mereciam
finais dignos.</span>
</div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">À medida que o tempo foi passando, a<i> Terra do Medo</i> cedeu lugar ao espaço debaixo da cama, o <i>Mar Revoltoso</i> aos poucos foi se transformando no tanquinho de lavar
roupa, o <i>Pico da Morte</i>, na janela. Meu
herói era cada vez mais um boneco; não caminhava pelos terrenos assombrosos
dos povos que precisava salvar, mas era carregado por minhas mãos de um ponto
ao outro do quarto. </span></div><div style="text-align: left;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div><div style="text-align: left;"><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Algo mudava dentro de mim. Esse algo morria, adormecia? O
que sei é que o reino de <i>Fantasia</i>
desmoronava e não havia um Bastian para salvá-lo. Tampouco uma chave mágica que
pudesse devolver a vida aos meus brinquedos.</span><br />
<br />
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Guardados nas caixas e armários, alguns perdidos pela
casa e outros doados, em algum ponto todos perderam a minha atenção e não havia
estímulo que me animasse a tirá-los da poeira. E, por mais que a nostalgia e o
saudosismo nos faça olhar para trás com carinho e saudade, esse tempo passou. Não
havia uma <i>Terra do Nunca</i> que me mantivesse
eternamente criança. E se fosse possível, seria mesmo uma boa opção?<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Depois de todo esse drama, a verdade é que a imaginação não morre, não
necessariamente. A maneira como a exercitamos que se torna mais sofisticada,
assim como o refúgio que ela pode representar. Escrever e ler, por exemplo, é o
“brincar de bonecos” depois de crescido.</span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span></div>
<div style="text-align: left;">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">* </span><i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;">Imagem
- filme Toy Story 3</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 10pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></i></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-71929687710405010402013-07-16T21:55:00.003-03:002021-02-24T02:00:42.322-03:00Uma Mensagem do Passado<span face=""arial" , "sans-serif"">Escrever mensagens para o futuro não é
exatamente a coisa mais original já pensada, mas desde tempos imemoriais isso é
feito. As motivações são várias e, no meu caso, a inspiração veio de um filme
chamado <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Alta Frequência</i>, de 2000.
Nele, um homem, no presente, conversa com seu pai (falecido há muito tempo) no passado, através
de um aparelho de radioamador. </span><div><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div><div><span face=""arial" , "sans-serif"">Foi absolutamente fascinante ver os personagens
se comunicando em tempos distintos. No filme as ondas de rádio viajavam no tempo Em uma cena o protagonista conversa com uma criança e logo
percebe ser ele mesmo.<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> </span></span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-Lj8uszPQ1vY/UeXrqU8ZegI/AAAAAAAABmo/nRw8eHFxpj8/s1600/Alta+Frequ%C3%AAncia.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="180" src="https://3.bp.blogspot.com/-Lj8uszPQ1vY/UeXrqU8ZegI/AAAAAAAABmo/nRw8eHFxpj8/s320/Alta+Frequ%C3%AAncia.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Filme: Alta Frequência</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Antes do desfecho do filme eu já me indagava sobre o que faria em situação semelhante.</span><span face=""arial" , "sans-serif""> O que diria para a minha versão adulta. Eu estava</span></span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> com meus 13 anos. </span></div><div><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Naquela
época eu tinha um computador velho e que servia apenas para três coisas: jogar
Super Mário, desenhar no Paint e escrever num programa chamado Write. Internet
foi uma coisa que o coitado nunca viu, pelo menos não enquanto esteve na minha
casa, já que o ganhei usado. </span></div><div><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><br /></span></div><div><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Então desliguei a TV, ainda fascinado com o filme, me sentei diante do computador e escrevi a
mensagem que deixo abaixo:</span> </div><div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Oi,
eu sou o Luiz Fernando Borges.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Essa
mensagem é para mim mesmo do ano de 2002, dia 23 do 03.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Essa
é uma mensagem para me confortar quando eu for adulto. Bem, se eu tiver virado
um escritor, parabéns, se não, espero que você tenha se esforçado ao Máximo.</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Se você fuma, pare com isso agora, é uma ordem de você
mesmo, e não dê risada, é muito sério. Se você bebe, pare com isso agora, porque se eu bebo no futuro espero que essa mensagem sirva de alguma coisa.</span></i> </span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Espero que o seu ou o meu (tanto faz) segundo trabalho
seja bom. Porque você deve saber que além de escritor, eu quero ter outro
trabalho.</span></i> </span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">
</span></i></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Eu,
ou melhor, você, já deve ter lido o 5°, 6° e o 7° livros do Harry Potter e
obviamente também deve ter visto o filme, espero que tenham sido bons.</span></i></i></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i><br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">Quanto
ao Leandro, o meu melhor amigo, espero que ele esteja bem e espero ainda ser
amigo dele.</span></i><span face=""arial" , "sans-serif""><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> Quanto a minha mãe, espero que ela tenha conseguido a
casa pela qual tanto está lutando, tomara que ela esteja bem com a vida e sem
preocupações.</span></i> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""> </span></i></i><br />
<br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">A
minha irmã, espero que ela não seja tão chata como é atualmente. Tiago,
o meu melhor amigo de Minas, tomara que ele tenha virado algo na vida. Quero
que todos estejam bem. Eu já vou desligar o computador, ah, quase que esqueço,
se eu algum dia ler novamente esta mensagem, e se eu já tiver uma mulher, fale
que estou mandando um beijo para ela e pra minha mãe também e pra minha vó e
pros meus tios e pra minhas tias, pros meus primos, resumindo, BEIJOS PARA TODO
MUNDO.</span></i><span face=""arial" , "sans-serif""><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> </span></i></span></i><br />
<br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Agora sim vou desligar o computador, são exatamente 23
horas e 55 minutos e eu preciso dormir e minha irmã já tá reclamando lá no outro
quarto.</span></i> </span></i><br />
<br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""> TCHAU.
BEIJOS.</span></i></span></i><br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><span style="mso-spacerun: yes;"> </span>ATÉ O FUTURO.</span></i></div>
<br /><br />Muito fofo, eu sei.<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">
</span></span></div>
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span face=""arial" , "sans-serif"">É incrível constatar</span></span><span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"> co</span></span></span><span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">mo as coisas mudam. Reler o
texto é como voltar para aquele dia e sentir o que eu sentia naquela época. Não
é apenas olhar para o passado. É como estar lá novamente. E quando leio
esse texto, me lembro das minhas expectativas, das minhas idealizações e dos
meus medos.</span> </span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Desde muito cedo adquiri o hábito de escrever
e é isso que explica o desejo de ser um escritor. E como todos ao meu redor
diziam que ser escritor não dava dinheiro, eu decidi que teria duas profissões,
mas escrever seria a principal. As coisas não correram exatamente assim... O
gosto pela escrita perdura até hoje, mas não sei como ele reagiria se eu lhe
explicasse o conceito de “blog”.</span> </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<span style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Fica bastante clara a minha aversão a bebidas alcoólicas
e a cigarro. O cigarro era uma constante fonte de preocupação, já que a minha
mãe fumava dois maços por dia e eu temia que isso fosse lhe fazer mal. A boa
notícia é que ela parou de fumar, depois de mais de 30 anos. Sobre bebidas, a
minha percepção era a de que todas elas possuíam a capacidade de tornar
qualquer um num verdadeiro imbecil. Tios alcoólatras corroboravam com essa
minha ideia. Aliás, uma vez fui pendurado pelo calcanhar no alpendre da casa da
minha avó. Claro que o tio que fez isso estava caindo de bêbado. Pelo menos eu
não caí.</span></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">Muito se
falou sobre Geração Coca Cola, mas eu sou Geração Harry Potter. Cresci lendo os
livros e o primeiro filme que assisti no cinema foi <i style="mso-bidi-font-style: normal;">HP e a Pedra Filosofal</i>. Lembro-me muito bem de ter assistido no <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Cine Belas Artes</i>, cinema clássico de São
Paulo e que hoje está fechado e vandalizado.</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-3LlR2-YLeQs/UeXr2k3i5fI/AAAAAAAABmw/haUvyiNdW60/s1600/Belas+Artes+-+Fechado+-+Foto_+by+Leticia_Macedo_G1.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="171" src="https://3.bp.blogspot.com/-3LlR2-YLeQs/UeXr2k3i5fI/AAAAAAAABmw/haUvyiNdW60/s320/Belas+Artes+-+Fechado+-+Foto_+by+Leticia_Macedo_G1.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cine Belas Artes - São Paulo<br /><br /></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">Embora
morássemos num bairro nobre de São Paulo (Vila Madalena), vivíamos num reduto pobre. A casa era muito
pequena (antes da reforma ela consistia em um quarto e uma cozinha). A geladeira ficava no quarto, já que na cozinha mal cabia o fogão. O banheiro era externo e para mais famílias. </span></div><div class="MsoNormal"><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div><div class="MsoNormal"><span face=""arial" , "sans-serif"">Mesmo assim, minha mãe sempre fez a casa parecer e ser perfeitamente confortável, ao menos para a perspectiva de uma criança. Apesar</span> disso, eu podia sentir muito bem o sonho dela de morar num lugar melhor. </div><div class="MsoNormal"><br /></div><div class="MsoNormal">Mas bom, agora que contextualizei um pouco a situação e a carta que escrevi, c<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">onvenhamos que mandar mensagem para o futuro é
fácil, agora difícil mesmo é enviar uma pro passado. Deixando todos os
problemas paradoxais de lado e também todas as consequências à lá <i style="mso-bidi-font-style: normal;">Efeito Borboleta</i>, o que você faria se
pudesse enviar uma carta para a criança que um dia você foi?</span> </div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"">
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span face=""arial" , "sans-serif""><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Essa seria a minha:</span> </span><br />
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Caro Fernando, eu gostaria de dizer tantas
coisas, mas estou confiante de que você verá tudo por si mesmo. Se me permite
alguns comentários, talvez seja interessante começar a curtir mais as coisas e
os momentos. Deixar toda essa tensão constante de lado e respirar fundo. Preste mais atenção naqueles que estão ao seu
redor, seja mais compreensivo e carinhoso com a sua irmã. Eu sei que você a
considera absurdamente irritante, mas não precisa ser assim. Muitas vezes a
ideia que você faz das pessoas não corresponde ao que elas realmente são.</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Nem sempre você tomará as decisões corretas
(aliás, posso te adiantar que mesmo aqui no futuro você continua tomando algumas
péssimas), então se lembre de que cada uma dessas escolhas terão consequências.
Ainda assim, não pense que errar é o fim do mundo, pois não é. Só tente fazer
melhor na próxima vez, okay?</span> </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Não sei como serão as coisas daqui a 10 anos
(quem sabe?), mas te garanto que os últimos 10 foram incríveis. Muitas coisas
tristes aconteceram, sim, isso é inevitável, mas muitas coisas legais e bonitas
também. Você encontrará pessoas que te marcarão, fará amigos que estarão ao seu
lado em momentos que nunca esquecerá. Mais de uma vez sentirá seu coração acelerar
e o fôlego fugir, e algumas vezes isso será correspondido, outras vezes não, mas
as coisas são assim mesmo, siga em frente.</span> </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">No mais, um grande abraço!</span> </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Obs: Quanto aos amigos que você já tem, saiba
que eles não serão menos importantes. E especificamente sobre o Leandro e o
Tiago, fique tranquilo que eles estão bem.</span> </span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"><i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;">Obs.2: O final de Harry Potter foi uma porcaria,
mas o conjunto da obra é bom, então continue lendo.</span></i> </span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif""> </span></i></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i>
<br />
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; text-autospace: none;">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span face=""arial" , "sans-serif"">
</span></i></div>
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i><br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">
</i>
<br />
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt;"></span></div>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-6750958654730648402013-06-25T22:34:00.000-03:002014-03-19T18:53:20.815-03:00As Imagens que Construímos<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-ZWBFGI-qp9s/UcpEG8zwweI/AAAAAAAABlk/x9Hv7GV4FIM/s1600/Rua+S%C3%A3o+Paulo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-ZWBFGI-qp9s/UcpEG8zwweI/AAAAAAAABlk/x9Hv7GV4FIM/s400/Rua+S%C3%A3o+Paulo.jpg" height="253" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Numa comparação bastante absurda, mas que faço questão de usar, as
pessoas são como os lugares que frequentamos. Lugares que, à primeira vista,
são repletos de informações novas e que podem nos fascinar ou assustar. Por
mais que existam similaridades, um nunca é idêntico a outro. As ruas, luzes,
prédios, casas e a dinâmica possuem suas singularidades. A reação inicial em
geral é de estranhamento, ainda que possa vir acompanhada de elementos de
familiaridade.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Até que um dia, sem que percebamos, a junção de todos os elementos que antes
nos eram estranhos assumem uma composição que se torna comum aos nossos olhos.
Dizendo de uma forma mais simples e sucinta, nos acostumamos.</span> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br />Quando conhecemos alguém, algo semelhante ocorre. Um sem
número de códigos são intencionalmente e involuntariamente expostos, desde os
trejeitos até o modo de falar e se comportar. Com o tempo, inevitavelmente
criamos uma imagem. E nessa imagem, ou seja, a concepção que fazemos dos
indivíduos, sempre há muito de nós mesmos. Os vestimos com nossos conceitos,
expectativas, idealizações e preconceitos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-e5TXGT_BEuA/UcpEXt_KvaI/AAAAAAAABls/3uAdJ_ofXH0/s1600/Pessoas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-e5TXGT_BEuA/UcpEXt_KvaI/AAAAAAAABls/3uAdJ_ofXH0/s400/Pessoas.jpg" height="231" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">O que vemos neles não é necessariamente o que eles são,
mas principalmente uma interpretação que está intrinsecamente ligada ao que
somos, de forma que o que cada um percebe pode ser diferente e, conforme
mudamos, as pessoas que conhecemos também podem mudar aos nossos olhos.<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br />É cômodo guardar essas concepções em caixinhas e deixa-las lá, relegadas
à negligência, esperando sermos surpreendidos para que apenas então as
transformemos em qualquer coisa nova.</span> </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br />Abrir os nossos olhos para outros detalhes e observar sob ângulos
alternativos aquilo sobre o qual já temos uma ideia definida pode se revelar
um exercício construtivo. Aquela menina aborrecida e tristonha de repente parece mais interessante, aquele bar claustrofóbico passa a ser aconchegante e a
rua que outrora era apenas uma intermediária entre dois pontos se converte num
destino.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt" style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-ansi-language: #0016;">Lembro-me da
primeira vez que a vi. Por trás de cada expressão, de cada movimento dos braços
ao gesticular e de cada olhar, alguns mais demorados, outros mais relutantes,
se escondiam mistérios que eu ansiava por conhecer. Após muito tempo ao seu
lado esses mistérios, agora códigos desvendados, já possuíam em minha mente um
significado próprio. Mas que belo foi perceber que a cada sacudida nas peças,
uma nova paisagem se formava no quebra cabeças e também em mim.</span></i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif";"></span></i></div>
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"></span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-60995613349479442242013-04-11T16:01:00.005-03:002024-01-24T20:52:42.926-03:00Eugênia<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-odm2OzAUxvI/VSls9qS__ZI/AAAAAAAABwQ/NnUZKcCDjek/s1600/Vanilla%2BSky%2B-%2BCena%2Bdo%2Bfilme.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="223" src="https://4.bp.blogspot.com/-odm2OzAUxvI/VSls9qS__ZI/AAAAAAAABwQ/NnUZKcCDjek/s1600/Vanilla%2BSky%2B-%2BCena%2Bdo%2Bfilme.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Vanilla Sky (cena do filme)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><b>Eugênia</b></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Que a Luana tenha me trocado por outro, isso é o de
menos, afinal toda relação já se inicia na beira de um abismo e o resto nada
mais é do que o intervalo entre a queda e o impacto. Agora, me trocar por um homem mais
bonito?"</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Não faz uns cinco meses que ela terminou com você? –
perguntou Antônio, reenchendo o copo de Gabriel.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- O tempo – disse Gabriel se ajeitando na cadeira </span><span style="font-size: 16px;">–</span><span style="font-size: 12pt;"> não é
tão relevante.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Ter passado dois ou três meses era o de menos, o que
importa é que antes ela estava com um, e hoje está com outro. E esse outro é
mais bonito. Um acaso?"</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- O que estou dizendo – continuou Gabriel </span><span style="font-size: 16px;">–</span><span style="font-size: 12pt;"> é que as
pessoas, mesmo as supostamente mais conscientes e intelectualizadas, selecionam
um conjunto de características físicas e fazem delas a regra.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Então você tá me dizendo que o seu pau é pequeno. É isso? – disse Antônio em risos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Percebam que não se trata apenas de uma questão de
centímetros. O mote aqui é a superficialidade. Claro que gosto de seios firmes, bundinha dura, e quem sabe um belo par de olhos claros, mas determinar
com quem me relaciono com base nisso seria baixo."</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Antes fosse! – disse Gabriel girando o copo na mesa
sobre seu próprio eixo. – A Luana é só um exemplo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Antônio encarava a espuma de seu copo, vendo-a dissolver,
enquanto Gabriel discorria sobre "o olhar cego da sociedade", em mais um de seus
monólogos.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Me refiro a uma cegueira seletiva. Cegueira que aumenta
ou diminui conforme sua posição na escala da beleza. Se você está no topo,
só enxerga quem também está lá, se está no meio termo, enxerga quem está
acima, e um pouco quem está abaixo, por empatia. Mas se está na base... Bom,
aí você é invisível! A não ser através dos olhos dos demais desafortunados. Um prêmio de consolo. A sobra."</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">"É claro que as pessoas nascem e crescem imersas nessa
cultura, de maneira que apenas reproduzem aquilo que está estabelecido. Não é
fácil romper com isso</span><span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">, mas... </span><span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se
você é inteligente o suficiente para ver esses pilares podres que sustentam o
<i>status quo</i>, e se não é vazio a ponto de colocar uns mamilos rosados acima do
caráter e da personalidade, então por que se render a esses ditames injustos?"</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como que despertasse, Antônio levantou o rosto. –
E aquela mulher que tava a fim de você?</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Qual? – perguntou Gabriel.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- A gordin...</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">- Ah, a Camila! Muito sem sal...</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-34406318757167833242012-12-17T23:16:00.002-02:002023-12-11T10:34:04.320-03:00Medicalização na Saúde Mental A medicalização social e a medicalização da vida são temas em voga já há
bastante tempo, tendo sido intensificado recentemente com o lançamento do novo
DSM, no caso, o DSM V, ou como muitos gostam de colocar, a “bíblia dos
psiquiatras”. Falar em medicalização da vida também envolve falar em
patologização da mesma. E é nesse sentido que o DSM V gera mais polêmica e angaria
contra si não apenas a indignação de psicólogos, mas também a desconfiança e
até mesmo temor por parte de diversos psiquiatras, uma vez que traz para o seu
compêndio uma lista considerável de novos “transtornos mentais”.<br />
<div class="Default">
<o:p></o:p></div>
<span face=""calibri" , "sans-serif"" style="font-size: 11pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A escritora Eliane Brum descreveu bem a sensação de muitos ao escrever
um texto intitulado “<a href="https://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/eliane-brum/noticia/2013/07/acordei-doente-mental.html" target="_blank">Acordei Doente Mental</a>”. Segue trecho:</span><br />
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<br />
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">"Descobri
que sou doente mental ao conhecer apenas algumas das novas modalidades, que tem
sido apresentadas pela imprensa internacional. Tenho quase todas. “Distúrbio de
Hoarding”. Tenho. Caracteriza-se pela dificuldade persistente de se desfazer de
objetos ou de “lixo”, independentemente de seu valor real. Sou assolada por uma
enorme dificuldade de botar coisas fora, de bloquinhos de entrevistas dos anos
90 a sapatos imprestáveis para o uso, o que resulta em acúmulos de caixas pelo
apartamento. Remédio pra mim. “Transtorno Disfórico Pré-Menstrual”, que
consiste numa TPM mais severa. Culpada. Qualquer um que convive comigo está
agora autorizado a me chamar de louca nas duas semanas anteriores à
menstruação. Remédio pra mim. “Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica”. A
pessoa devora quantidades “excessivas” de comida num período delimitado de até
duas horas, pelo menos uma vez por semana, durante três meses ou mais. Certeza
que tenho. Bastaria me ver comendo feijão, quando chego a cinco ou seis pratos
fundo fácil. Mas, para não ter dúvida, devoro de uma a duas latas de leite
condensado por semana, em menos de duas horas, há décadas, enquanto leio um
livro igualmente delicioso, num ritual que eu chamava de “momento de felicidade
absoluta”, mas que, de fato, agora eu sei, é uma doença mental. Em vez de leite
condensado, remédio pra mim."<o:p></o:p></span></i></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></i></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-NHuBbetUy0s/VJIp1Y_kQbI/AAAAAAAABvA/NLcdjJFE2i4/s1600/Luis%2BQuiles.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-NHuBbetUy0s/VJIp1Y_kQbI/AAAAAAAABvA/NLcdjJFE2i4/s1600/Luis%2BQuiles.jpg" width="172" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Artista: Luis Quiles</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ainda que uma ala mais humanizada da psiquiatria busque
entender as pessoas para além dos critérios que compõem os DSMs e CIDs, e por
mais que a psicologia, com suas variadas vertentes, se empenhe em enxergar os
indivíduos como eles de fato o são, indivíduos, e não em esquemas fechados de
distúrbios, parece existir uma força que tem como combustível a necessidade de se
encaixar em modelos ou rótulos pré-estabelecidos. Força esta alimentada também
pela indústria farmacêutica e por profissionais que a respaldam.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">E é impossível estudar saúde mental hoje, pelo viés
psiquiátrico, e ao menos uma vez não pensar no conto de Machado de Assis, “O
Alienista”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"">“A
loucura, objeto dos meus estudos, era até agora uma ilha perdida no oceano da
razão; começo a suspeitar que é um continente."</span></i><i><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span></i><span face=""arial" , "sans-serif"">(Machado de Assis)</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif""><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas o intuito aqui não é demonizar a psiquiatria (até porque quem vos
fala pretende se especializar nessa área), e muito menos fazer crer que
medicamentos não são necessários, não, não, a questão na verdade está no uso
incorreto ou excessivo de medicamentos, e da necessidade, às vezes com
objetivos obscuros, de colocar elementos ordinários da vida no escopo da
medicina.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Psicofármacos não
podem ser utilizados como se fossem dipirona na gripe, que trata os sintomas
até que a gripe se resolva por si só. Os sintomas da mente comumente são elaborações
daquilo pelo qual o paciente vivenciou e está vivenciando, sempre em
consonância com sua história de vida e singularidades, de maneira que
simplesmente “silenciar” esses sintomas não resolve o problema, mas sim os
encobre.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">O que de forma alguma
significa que medicamentos não possam ser uma alternativa adequada, mesmo
benzodiazepínicos como o famoso rivotril. Existe também grande ignorância,
desinformação e maniqueísmo, como se, por exemplo, fazer uso do famoso prozac
(fluexetina) representasse uma submissão ao modo de vida opressor da sociedade pós-revolução
industrial. Calma lá, não é assim.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">É
extremamente importante ressaltar que os tratamentos devem se complementar. E
não estou falando de uma conversinha bonitinha de “vamos todos trabalhar
juntos”, mas sim de uma necessidade. A terapia medicamentosa sozinha não
substitui a terapia realizada com psicólogos (psicanálise, comportamental,
cognitivo-comportamental etc.) e outros profissionais, como o terapeuta
ocupacional. E nem sempre o medicamento é necessário, mas quando o é, raramente
é preconizado que seja a única medida no tratamento do paciente. Em geral o
melhor tratamento é aquele feito em conjunto, seja no tratamento da depressão,
transtorno bipolar, transtorno do pânico, esquizofrenia etc.</span><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Agora quando cada conjunto de comportamentos que se
afastam, ainda que pouco, do padrão, recebem olhares desconfiados daqueles
responsáveis por cuidar da saúde mental, e quando cada atitude levemente
desviante da “normalidade” acaba por ser inserida num grupo de psicopatologias,
todos acabam por se tornarem possíveis candidatos à <i>Casa Verde</i>,
sanatório do conto de Machado de Assis.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Difícil saber para onde esse barco se encaminha, mas as
consequências já são palpáveis. Consequências já evidenciadas muito bem por
obras da literatura e do cinema, sendo interessante citar dois filmes que
discutem muito bem essa questão: “<i>Geração Prozac</i>” (Prozac Nation, 2001),
adaptação do livro de mesmo nome de Elizabeth Wurtzel, no qual acompanhamos sua
vida como recém-universitária que possui muita dificuldade em lidar com os
elementos e fatos do cotidiano e da vida, e que a certa altura passa a fazer
uso do antidepressivo que está no título do filme.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Outro filme é o “Réquiem Para um Sonho” (Requiem For a
Dream, 2000), também adaptação de livro de mesmo nome do escritor Hubert Selby
Jr., que mostra a trajetória percorrida por alguns personagens junto às drogas
lícitas e ilícitas. Uma das personagens é uma mãe que vai ao médico e recebe
como receita um medicamento “para ansiedade” que aos poucos vai corroendo
física e mentalmente a mulher que antes era apenas uma mãe comum enfrentando
dificuldades.<o:p></o:p></span></div><div class="MsoNormal"><span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Encerro então deixando mais um trecho do texto da Eliane
Brum:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face=""arial" , "sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span face=""arial" , "sans-serif"">“E não, eu
não acordei doente mental. Só teria acordado se permitisse a uma Bíblia – e a
pastores de jaleco – determinar os sentidos que construo para a minha vida.”</span></i><span face=""arial" , "sans-serif""><o:p></o:p></span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-82946107492764520322012-06-11T22:03:00.000-03:002019-08-06T21:53:20.296-03:00As Duas Identidades de Jaime Lannister<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">[Spoilers do 3° Livro]<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-w47AA88CKBI/VXopcFB8f9I/AAAAAAAABxQ/xKG0C1FcwaY/s1600/Jaime..jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://1.bp.blogspot.com/-w47AA88CKBI/VXopcFB8f9I/AAAAAAAABxQ/xKG0C1FcwaY/s200/Jaime..jpg" width="190" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Jaime, do dia em que nasceu, até o momento em que sua irmã o desprezou
(a perda da sua mão da espada no meio do caminho), sempre foi um poço de potencialidades
não realizadas e de expectativas alheias, sem nunca realmente agir como o senhor
de seu destino.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Primeiro o seu pai, que o via como sucessor, o homem que estaria a
frente de Rochedo Casterly, depois Aerys, o Rei Louco, que o transformou em
Cavaleiro da Guarda Real (destituindo-o da possibilidade de realizar o desejo
do pai), menos por admirá-lo, e mais para provocar Tywin Lannister. Por último,
sua alcunha, Regicida, que esmaga, ao menos através dos olhos dos demais,
qualquer outro traço que possa possuir.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-O5f_0Q8gVi4/VXorFlj4WTI/AAAAAAAABxY/x6MmZtKk_tc/s1600/2%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B223%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="77" src="https://4.bp.blogspot.com/-O5f_0Q8gVi4/VXorFlj4WTI/AAAAAAAABxY/x6MmZtKk_tc/s400/2%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B223%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para além das expectativas e julgamento externo, Jaime,
acima de tudo, é um cavaleiro e um amante. Amante eternamente apaixonado pela
única mulher que jamais possuiu. Cersei.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-QvrMoqsNmM0/VXorgR-TWCI/AAAAAAAABxg/93p9OU0uLtQ/s1600/3%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B227%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="176" src="https://4.bp.blogspot.com/-QvrMoqsNmM0/VXorgR-TWCI/AAAAAAAABxg/93p9OU0uLtQ/s400/3%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B227%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Cavaleiro</b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">A identidade de exímio cavaleiro é o que o torna homem. Jaime não se
escora simplesmente na riqueza de sua família e em seu berço dourado, não se
enxerga apenas como reflexo de uma quantidade de ouro que parece infinita, mas
constrói para si a imagem que lhe confere sentido, e que o torna quase imbatível
em uma disputa com espadas.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-zDtRDx8pbGE/VXor0jobjtI/AAAAAAAABxo/dHp6sSyz2Yo/s1600/4%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B229%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="110" src="https://1.bp.blogspot.com/-zDtRDx8pbGE/VXor0jobjtI/AAAAAAAABxo/dHp6sSyz2Yo/s400/4%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B229%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E todo esse significado cai por terra quando, ajoelhado e
desprovido de dignidade, tem sua mão direita, a mão da espada, decepada. E é
quando começa a questionar a própria existência, ainda que encontre alento no
pensamento de que sua irmã o espera em Porto Real.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-mKZUk96J4RU/VXosa88a6HI/AAAAAAAABx0/cH2jY3vNFlM/s1600/5%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B318%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="258" src="https://3.bp.blogspot.com/-mKZUk96J4RU/VXosa88a6HI/AAAAAAAABx0/cH2jY3vNFlM/s400/5%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B318%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Amante</b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;">Jaime é Cersei, ou pelo menos a projeção de seus anseios diante
de uma sociedade medieval e patriarcal que a poda em suas ambições, definindo
por ela que papel representar. Mesmo que Jaime encontre alguma individualidade,
sua personalidade, seu comportamento e suas ações são uma extensão dos desejos
e caprichos da irmã.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-MPATRrn3uAQ/VXosxSHsBtI/AAAAAAAABx8/J_HEE6wcE5o/s1600/6%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B319%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="96" src="https://1.bp.blogspot.com/-MPATRrn3uAQ/VXosxSHsBtI/AAAAAAAABx8/J_HEE6wcE5o/s400/6%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B319%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Quando sua mão é decepada, Jaime perde muito mais, perde metade de quem ele é, tal qual Medardo di Terralba em </span><i style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O Visconde Partido ao Meio</i><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">, mas aqui
apenas uma metade sobrevive. Entretanto, quando retorna a Porto Real e para a
sua amada, a recepção não é tão calorosa. Cersei recebe apenas o Amante, o
cavaleiro não está mais presente.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-OYmdF1c7vzc/VXotGAOU66I/AAAAAAAAByE/pgCbq6v4zWI/s1600/7%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B750%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="253" src="https://4.bp.blogspot.com/-OYmdF1c7vzc/VXotGAOU66I/AAAAAAAAByE/pgCbq6v4zWI/s400/7%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B750%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Defrontado com o desdém e desprezo da única mulher que já
amou, e atormentado com a ideia de sua infidelidade (o casamento e sexo com
Robert Baratheon, o rei falecido, era entendido apenas como dever e protocolo),
morre também a metade que restava e que </span><span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">compunha o que ele era.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-eqsg7Ydh5rI/VXotR9YlltI/AAAAAAAAByM/y_6pfKJ2jCA/s1600/8%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B750%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="88" src="https://2.bp.blogspot.com/-eqsg7Ydh5rI/VXotR9YlltI/AAAAAAAAByM/y_6pfKJ2jCA/s400/8%2B-%2Bp%25C3%25A1g.%2B750%2B-%2BTormenta%2Bde%2BEspadas.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<b style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E aí?</b></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A partir do meio do terceiro livro começamos a conhecer
um Jaime Lannister diferente, já menos susceptível à influência da irmã e,
ainda que mutilado de sua identidade de cavaleiro, muito mais forte, capaz de
desafiar o pai e não se render a seus ditames.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">No quarto e quinto livros este novo Jaime parece não
demandar aprovação da irmã e age muito mais em função da resolução dos
conflitos, tanto internos, quanto políticos e bélicos, e surpreende ao
abandonar sua outrora atitude impulsiva e infantil. Resta saber o que George R.
R. Martin tem mente para o desenrolar do arco do personagem.</span><span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 12.0pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: "arial" , "sans-serif"; font-size: 10.0pt; line-height: 115%;">* Todos os trechos foram retirados do livro <i>A Tormenta de Espadas</i><o:p></o:p></span></div>
<br />Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-48230416945407794462012-05-31T14:34:00.001-03:002013-01-10T12:10:47.909-02:00A criação do menino e os afazeres domésticos - Resquícios do Passado<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Antes de mais nada
quero dizer que esse post será embasado na minha própria vivência e observação.
Ele foi inspirado no post <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://adeusmariana.blogspot.com.br/2012/04/14-itens-para-lidar-melhor-com-divisao.html" target="_blank">“14 itens para lidar melhor com a divisão das tarefas domésticas - para homens”</a> </i>do Blog “<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://adeusmariana.blogspot.com.br/" target="_blank">Adeus, Mariana</a></i>”.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Já escrevi aqui sobre o homem atualmente “<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://reflexaogeral.blogspot.com.br/2011/09/ser-homem-o-homem-hoje.html" target="_blank">Ser Homem - O Homem Hoje</a></i>”, post no qual
falo sobre as transformações que ocorreram na forma do homem existir, sobre a relatividade dessas imposições de
gênero e sobre a questão da identidade masculina, mas hoje quero falar de algo mais específico e que faz parte de toda essa equação.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Também já escrevi um pouco sobre a questão de gênero,
<a href="http://reflexaogeral.blogspot.com.br/2011/05/manal-al-sherif-luta-pelo-direito-de.html" target="_blank">sobre a luta</a> das mulheres por igualdade e contra a repressão, mas agora falarei
sobre o machismo na criação. Machismo bastante exposto e que faz parte da
realidade de uma parcela significativa das famílias brasileiras.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como todos sabem, meninos e meninas são criados de formas
diferentes e visivelmente com funções específicas. Trata-se de algo enraizado na
nossa sociedade e compreende uma gama imensa de aspectos que influenciam toda a
formação da personalidade dessas crianças e a maneira como estas se comportarão
quando adultas. No post “<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/2012/04/os-brinquedos-educativos-de-cada-genero.html" target="_blank">OS BRINQUEDOS EDUCATIVOS DE CADA GÊNERO</a></i>”, do blog <i style="mso-bidi-font-style: normal;"><a href="http://escrevalolaescreva.blogspot.com.br/" target="_blank">Escreva Lola Escreva</a>, </i>isso é evidenciado de forma bastante clara.</span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-SwqdjVgCvjM/T8kfbXs9K1I/AAAAAAAABMM/KyC410KX01A/s1600/Crian%C3%A7a+Brincando+Dona+de+Casa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" src="http://2.bp.blogspot.com/-SwqdjVgCvjM/T8kfbXs9K1I/AAAAAAAABMM/KyC410KX01A/s320/Crian%C3%A7a+Brincando+Dona+de+Casa.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">É comum que a criança, desde cedo, seja pressionada a expressar em suas brincadeiras as funções que a sociedade espera que estas executem quando adultas.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Além do fato da criação se dar de forma diferente, a
própria relação que a criança do sexo masculino possui com o ambiente que a
cerca é distante da experiência que a criança do sexo feminino terá. No caso
das meninas, isso ocorre através de brincadeiras e jogos que, ainda hoje,
estimulam um comportamento que representa o que é esperado da atuação da mulher
em seu cotidiano, e ocorre também através do contato com os parentes, colegas e
com a mídia, principalmente a TV, que reforçam esses padrões. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Enquanto que da menina
se espera um modelo de exímia delicadeza, carisma, subserviência e atributos
como saber arrumar a casa e cozinhar, do menino espera-se o oposto; ele deve
brincar com o seu carrinho e guerrear com seus bonecos.</span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-YotI-vyulQY/T8eklp3H9EI/AAAAAAAABL4/Q_xpd-baWCI/s1600/Jogos+de+Menina+-+Arrumar+a+casa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="168" src="http://3.bp.blogspot.com/-YotI-vyulQY/T8eklp3H9EI/AAAAAAAABL4/Q_xpd-baWCI/s400/Jogos+de+Menina+-+Arrumar+a+casa.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em qualquer site de jogos é fácil encontrar uma categoria dedicada às meninas. Nessa seção vemos games como "Arrume a casa rápido", "Cozinhe para o Ken" e "Coloque as coisas no lugar".</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Enquanto pai e filho vivem como lordes em suas casas, mãe
e filha em geral ficam responsáveis por todas as tarefas domésticas, isso quando não possuem uma diarista que seja incumbida dessas tarefas. Também não
quero entrar na questão do trabalho infantil... Claro que crianças devem
utilizar o tempo estudando e usufruindo de parte dele para o lazer, mas
acredito que é consenso que, a partir de certa idade (principalmente na
adolescência), suas responsabilidades aumentam e é esperado que ajudem seus pais
com as tarefas da casa, mesmo que seja apenas auxiliando ali ou aqui.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E mesmo quando isso não se faz necessário, ainda assim permanecem
na forma de tradição os mesmos jogos, brincadeiras e noções de décadas atrás.
Que dirá então da profissional responsável pelas tarefas domésticas (quando
existe uma trabalhando para a família) sempre ser uma mulher? Que mensagem isso
passa? <o:p></o:p></span><br />
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-NXD-P6o8ZXE/T8elETmpgPI/AAAAAAAABMA/pMRPhUbk2jc/s1600/Afazeres+Dom%C3%A9sticos+-+Machismo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="238" src="http://1.bp.blogspot.com/-NXD-P6o8ZXE/T8elETmpgPI/AAAAAAAABMA/pMRPhUbk2jc/s320/Afazeres+Dom%C3%A9sticos+-+Machismo.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">As crianças são cercadas por imagens e referências que influenciam na formação de suas identidades.</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Na minha experiência eu sempre fui incentivado e até
cobrado a ajudar nos afazeres da casa. Arrumar meu quarto, varrer o chão, lavar
a louça, lavar o quintal... Mas nada disso nunca foi uma imposição. Percebam, eu era cobrado, mas nunca soou de fato como um dever. Já para a minha irmã,
pelo que recordo, era diferente. Era OBRIGAÇÃO ajudar com a casa, lavar roupa
e eventualmente fazer almoço e
janta. E olha que eu sabia (e ainda sei) fazer tudo isso, inclusive,
em minha “humilde” opinião, eu cozinhava até melhor que minha irmã, mas fazer ou
não o almoço ou a janta era algo que dependia única e exclusivamente da minha vontade. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">E esse padrão, com origens no patriarcalismo, se repete
de geração em geração. Um padrão que impõe um comportamento bastante
conveniente e confortável para os garotos e outro, nem tanto, para as garotas. E
não estamos falando de algo que fica restrito ao ambiente doméstico, pelo
contrário. Isso pode até começar no berço, mas se estende por toda a vida, seja
dentro da casa ou do escritório. </span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Como diz o post que inspirou este, nós não vivemos mais
em meados do século XX e não são todas as mulheres que aceitam essa dupla
jornada sem o apoio do companheiro. Se hoje a mulher não está mais reclusa a
casa, ao meio doméstico, muitos homens parecem não ter percebido isso e ainda vivem
como se elas tivessem por obrigação entregar-lhes tudo nas mãos, desde o prato
de comida até a roupa lavada.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br /></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Se existe uma solução para essa situação, ela
está na conscientização coletiva. Os mecanismos para que isso ocorra estão
aí, florescendo, através de movimentos feministas e de atitudes individuais que
se comprometem a não perpetuar frutos podres do passado.</span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">
</span>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-5163244823717914122011-09-09T23:58:00.006-03:002012-12-02T14:04:58.773-02:00Ser Homem - O Homem hoje<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-ComxJCivddE/TmrQFMz_iyI/AAAAAAAAAXY/p5BcfICwJ1Q/s1600/Homem.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-ComxJCivddE/TmrQFMz_iyI/AAAAAAAAAXY/p5BcfICwJ1Q/s200/Homem.jpg" width="155" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Há algumas décadas, ao menos no mundo ocidental, a noção do "ser homem" era relativamente simples, mas com a emancipação feminina e com diversas mudanças de paradigmas isso se tornou algo mais complexo. Existe atualmente uma confusão compreensível nesse sentido. Mas antes de abordar esse assunto é necessário e importante aprofundar-se um pouco mais nessa questão da distinção entre homem e mulher. Distinção comportamental, obviamente.<o:p></o:p></span> <br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br />
<br />
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-6hAyNqKPKzw/TmrQTtAplVI/AAAAAAAAAXc/8j1_r5fG75Q/s1600/Margaret+Mead.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-6hAyNqKPKzw/TmrQTtAplVI/AAAAAAAAAXc/8j1_r5fG75Q/s200/Margaret+Mead.jpg" width="145" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Margaret Mead</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Recorrerei, então, à exímia antropóloga Margaret Mead (1901 -1978). Mead foi uma das grandes alunas de <a href="http://reflexaogeral.blogspot.com/2011/06/franz-boas-rompendo-com-o-evolucionismo.html" target="_blank">Franz Boas</a> e é tida como uma das grandes figuras da história da antropologia. Militante pelos direitos das mulheres e do movimento de libertação feminina, ela lutou durante toda sua vida por esta causa. Em seu livro “Sexo e Temperamento” (1935), escrito após um árduo trabalho de campo com três culturas da Nova Guiné, Mead coloca em xeque a visão que se tinha acerca do "papel” do homem e da mulher. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">A tendência predominante era a de que a biologia determinava o comportamento e, portanto, o homem “naturalmente” agiria de uma forma e a mulher, de outra. O que essas culturas da Nova Guiné deixaram evidente é que não é exatamente assim. Trata-se de algo muito mais cultural do que biológico. <br />
<br />
Abaixo uma breve descrição dessas culturas:<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Arapesh: homens e mulheres são bastante semelhantes (em comportamento) e ambos possuem temperamento pacífico;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin: 0cm 0cm 0pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mundugumor: homens e mulheres com temperamento oposto ao do povo anterior;<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin: 0cm 0cm 10pt 36pt; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18pt;">
<span style="font-family: Symbol; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-bidi-font-family: Symbol; mso-fareast-font-family: Symbol;"><span style="mso-list: Ignore;">·<span style="font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 7pt/normal "Times New Roman";"> </span></span></span><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Tchambuli: ocorre uma inversão de papéis se comparado com o comportamento padrão ocidental da primeira metade do séc.XX. Enquanto as mulheres trabalhavam e se mostravam mais práticas, os homens agiam de forma oposta, ficando em casa e cuidando das crianças.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Feita essa introdução, posso ir para o tema central: o homem na atualidade.</span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
Claro que aquela imagem padrão do “macho alfa” ainda persiste e o termo “o homem da casa” não deixou de ser comum, embora o peso não seja mais o mesmo. O modo de andar, de olhar, de falar, de se vestir e até mesmo os gostos musicais e predileções para filmes e culinária eram padronizados e qualquer homem que se afastasse muito desse modelo passava a ter sua masculinidade ou capacidade como macho alfa sob suspeita. <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-uwerJcAuAJ4/TmrRKHcQoZI/AAAAAAAAAXg/omK72kKaboA/s1600/Le%25C3%25A3o+Macho+Alfa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-uwerJcAuAJ4/TmrRKHcQoZI/AAAAAAAAAXg/omK72kKaboA/s200/Le%25C3%25A3o+Macho+Alfa.jpg" width="139" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ainda hoje todos esses preceitos existem, mas de uma forma muito menos intensa e comumente confusa. Não se sabe mais ao certo o que é “ser homem”. Para alguns ser homem é falar grosso e fazer sexo com muitas mulheres, para outros é ser autônomo e possuir capacidade de liderança, e para os mais rústicos é o simples fato de não fazer uma determinada lista de coisas e não se comportar de certas maneiras: não gostar de sobremesa, não depilar nenhuma parte do corpo, jamais chorar, não falar sobre os próprios sentimentos, não usar sabão líquido, não lixar as unhas, não saber cozinhar nada além de macarrão instantâneo etc.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Ocorre que o muro de concreto que outrora separou feminino de masculino hoje nada mais é do que uma mera cortina de seda. Exclusividades masculinas tais quais votar, trabalhar em determinadas atividades, praticar certos esportes e agir de determinadas maneiras simplesmente deixaram de existir. Não vou detalhar tudo para evitar que o texto se torne prolixo. <br />
<br />
Se antes o sentido de “ser/existir” do homem era trabalhar e prover a família, enquanto a mulher ficava em casa cuidando das crianças e dos afazeres domésticos, hoje essas atribuições específicas de gênero esvaíram-se.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">O homem hoje é menos estereotipado e ocorre o mesmo com a mulher. Mas enquanto que a mulher desfruta de mais liberdade e menos tabus (embora ainda haja muito pelo o que lutar), muitos homens caem na confusão da “identidade macho”. Enquanto alguns aceitam bem essa nova situação, outros se sentem perdidos. Ocorre tanto com os jovens como com os mais velhos. Alguns dizem que é tudo consequência da emancipação feminina (que a meu ver ainda está ocorrendo) e das lutas diversas por liberdade, como o movimento LGBT.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Independente da causa, o fato é que o mundo mudou. Mesmo que ainda exista muito machismo e conservadorismo, é inegável que a realidade do séc. XXI (no contexto ocidental e parte do oriental) é bastante peculiar se comparada com a dos séculos anteriores.</span><br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Quero concluir deixando um vídeo, traduzido por mim (a tradução não é das melhores), que julgo bastante pertinente para o tema aqui tratado:</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/dLTDAaeDbZQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-19353108008402906142011-07-31T14:04:00.002-03:002013-09-06T23:17:29.036-03:00O Negro na Mídia - Limitação e Estereotipação<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-PBjAv5Srriw/TjWECgJV9XI/AAAAAAAAASw/kACqjxK0Hh4/s1600/mem%25C3%25B3ria+negro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-PBjAv5Srriw/TjWECgJV9XI/AAAAAAAAASw/kACqjxK0Hh4/s200/mem%25C3%25B3ria+negro.jpg" width="130" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os negros, da mesma forma que os brancos e demais etnias, são dotados de suas particularidades. Não particularidades comportamentais exclusivas dos negros, mas sim particularidades típicas dos seres humanos. Quando digo particularidades, refiro-me física e mentalmente.Dois caucasianos não são iguais nem em físico e muito menos em comportamento e por mais que existam semelhanças, cada um possui sua própria personalidade e identidade. Com os negros não é diferente.<o:p></o:p></span><br />
<br />
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Perceba-se, no entanto, que no mundo da mídia (novelas, filmes, séries e publicidade em geral) há apenas algumas poucas figuras que representam, em físico e em comportamento, o homem negro e a mulher negra. Não é um fenômeno exclusivo do Brasil. </span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><br /></span>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-v5SSJa9mLkk/TjWEYHLtw7I/AAAAAAAAAS0/69ivX1l7H9I/s1600/Negro+propaganda+1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="167" src="http://4.bp.blogspot.com/-v5SSJa9mLkk/TjWEYHLtw7I/AAAAAAAAAS0/69ivX1l7H9I/s320/Negro+propaganda+1.jpg" width="320" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-gye0JsYNo1k/TjWFaDaFkcI/AAAAAAAAAS4/K5K1GauK0qA/s1600/Propaganda+Ita%25C3%25BA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="190" src="http://4.bp.blogspot.com/-gye0JsYNo1k/TjWFaDaFkcI/AAAAAAAAAS4/K5K1GauK0qA/s200/Propaganda+Ita%25C3%25BA.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">O negro na mídia, principalmente na publicidade, é retratado em imagem sempre das mesmas formas: socialmente carente, trabalhador braçal, malandro ou atleta. Também é engraçado perceber que o cabelo <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do negro na mídia possui apenas três variações: <a href="http://reflexaogeral.blogspot.com/2011/05/diferenca-entre-black-power-e-white.html" target="_blank">black power</a>, ou com trancinhas ou curto quase raspado. Fora desses padrões o negro homem sempre é mostrado de cabeça raspada. Alguns podem argumentar que essas são as únicas opções possíveis, mas dizer isso só revelaria ignorância quanto ao visual do negro no cotidiano. Que visual é esse? Não existe um padrão, simples assim.</span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-96NNdKeZ56E/TjWFjaBQopI/AAAAAAAAAS8/-hVcdEvJTzM/s1600/Propaganda+no+site+Banco+do+Brasil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="187" src="http://2.bp.blogspot.com/-96NNdKeZ56E/TjWFjaBQopI/AAAAAAAAAS8/-hVcdEvJTzM/s320/Propaganda+no+site+Banco+do+Brasil.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">No dia em que todos os negros resolverem sair de casa com cabeça raspada, com trancinhas ou com black power, esse será um dia verdadeiramente memorável.</span></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-Jo0TCbhDfvQ/TjWGnNyq42I/AAAAAAAAATI/degvnbaud20/s1600/Propaganda+Ita%25C3%25BA+2.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-Jo0TCbhDfvQ/TjWGnNyq42I/AAAAAAAAATI/degvnbaud20/s1600/Propaganda+Ita%25C3%25BA+2.jpg" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">É interessante que a participação do <a href="http://reflexaogeral.blogspot.com/2011/05/cotas-raciais-argumentos-contra.html" target="_blank">negro</a> na mídia tenha aumentado consideravelmente no decorrer das últimas décadas, principalmente a partir de 1988, quando a nova Constituição passou a enxergar o racismo como crime. Ainda assim a participação do negro é superficial e, pior, estereotipada.</span></span></span></span><br />
<br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-a-aOmXxKwmU/TjWHIH7jFOI/AAAAAAAAATM/M5dgkT2s0JY/s1600/Martin+Lawrence.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-a-aOmXxKwmU/TjWHIH7jFOI/AAAAAAAAATM/M5dgkT2s0JY/s200/Martin+Lawrence.jpg" width="200" /></a></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Não podemos esquecer, é claro, do retrato que a mídia estadunidense faz dos seus negros. Eles sempre aparecem de forma extremamente afetada, caricata e em geral fazendo bobagens. Temos uma infinidade de filmes do tipo “Policial Branco Sério junto com Negro Tonto”, nos quais o negro passa o filme gritando, se estrepando e tentando, desesperadamente, nos fazer rir. Chris Tucker, Eddie Murphy e Martin Lawrence são os melhores exemplos de tudo isso. Já Will Smith, Denzel Washington e alguns outros atores parecem ter conseguido fugir desse estereótipo, embora vez ou outra os encarnem em algum filme.</span></span></span></span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-TRJ6nqb_6z0/TjWHYoGitnI/AAAAAAAAATQ/2WtHc5hhevo/s1600/CopOut.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="225" src="http://1.bp.blogspot.com/-TRJ6nqb_6z0/TjWHYoGitnI/AAAAAAAAATQ/2WtHc5hhevo/s320/CopOut.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-xRT-O78gc9Q/TjWIEH2OqPI/AAAAAAAAATU/Z5n3rQ-ezVE/s1600/hora-do-rush-jackie-chan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="200" src="http://3.bp.blogspot.com/-xRT-O78gc9Q/TjWIEH2OqPI/AAAAAAAAATU/Z5n3rQ-ezVE/s200/hora-do-rush-jackie-chan.jpg" width="164" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Chris Tucker</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 12pt; line-height: 115%; mso-ansi-language: PT-BR; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: Calibri; mso-fareast-language: EN-US; mso-fareast-theme-font: minor-latin;">Voltando ao Brasil, cabe ressaltar que o cenário atual no qual o negro possui “visibilidade” é um espaço que só faz perpetuar preconceitos e estigmas. É difícil fazer um prognóstico dessa situação, mas ao que tudo indica ela não tende a melhorar tão cedo. A cada ano que passa novas camadas de racismo mascarado envolvem essa redoma de desrespeito ao negro como humano.</span><br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;"><span style="line-height: 115%;"><br /></span></span>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Concluo deixando duas recomendações de leitura que considero bastante pertinentes:</span><br />
* <a href="http://www.comciencia.br/reportagens/negros/08.shtml" target="_blank">Presença do negro na mídia é marcada pelo preconceito</a><br />
* <a href="http://integras.blogspot.com/2010/05/propaganda-ainda-usa-os-negros-como.html" target="_blank">Propaganda ainda usa os negros como estereótipos negativos</a><br />
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-zaPNY50picA/TjWIM8edguI/AAAAAAAAATY/9BwRRPJzdo0/s1600/Norbit.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="http://2.bp.blogspot.com/-zaPNY50picA/TjWIM8edguI/AAAAAAAAATY/9BwRRPJzdo0/s320/Norbit.jpg" width="320" /></a></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com26tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-90156303546563750432011-07-05T22:24:00.002-03:002012-09-24T20:39:53.832-03:00Acreditar não é uma escolha<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Nós possuímos menos controle do que julgamos. <br />
Acreditar ou não em algo não é uma decisão, independente do que se trate.<br />
Parece bastante óbvio e, talvez exatamente por causa disso, muitos simplesmente ignorem. É muito comum ouvir discursos de ateus ou de teístas falando sobre “opções” de crenças. Isso não existe.</span></span></span><br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 14pt; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-4ft1J1dB26Q/ThO3F3rrMNI/AAAAAAAAAQk/i2PL27WSAvM/s1600/Laranja-mec%25C3%25A2nica+-+lavagem+cerebral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="http://1.bp.blogspot.com/-4ft1J1dB26Q/ThO3F3rrMNI/AAAAAAAAAQk/i2PL27WSAvM/s200/Laranja-mec%25C3%25A2nica+-+lavagem+cerebral.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Uma ideia, crença, ideologia etc. pode ser forçada, pode ser embutida na mente de uma criança em desenvolvimento, por exemplo, mas não pode ser acreditada como se fosse um produto disponível numa loja a ser apontado e comprado. Se você disser a um louco para acreditar em algo, talvez ele consiga fazer isso, mas se trataria de uma grande ressalva.</span><br style="mso-special-character: line-break;" /> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Os caminhos que nos levam a adotar uma religião ou desacreditá-la fazem parte de um mecanismo muito mais complexo do que o simples ato de decisão. Um ateu pode não acreditar em fantasmas pelo fato de sua racionalidade o impedir de aceitar algo que para ele é ilógico. Não está nas mãos dele acreditar ou não nisso. Pode ler milhares de livros sobre o assunto e passar meses assistindo filmes sobre espíritos e ainda assim, mesmo que queira, não conseguirá reverter sua descrença.</span><br style="mso-special-character: line-break;" /> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Claro que um ateu pode tornar-se teísta e vice-versa, mas isso não é uma escolha. Pode até ser uma busca, mas nunca uma escolha. Sei que além de estar discutindo algo óbvio, ainda por cima estou sendo repetitivo, mas é bom ser enfático.</span><br style="mso-special-character: line-break;" /> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 14pt; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-XOj9Au1Unlg/ThO3TZzrhZI/AAAAAAAAAQo/MKryM2wwRUA/s1600/lavagem+cerebral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="196" src="http://1.bp.blogspot.com/-XOj9Au1Unlg/ThO3TZzrhZI/AAAAAAAAAQo/MKryM2wwRUA/s200/lavagem+cerebral.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Algo sério que cabe aqui nesse tema é a questão da “lavagem cerebral”, independente do tipo. Mesmo que não esteja nas mãos de um indivíduo decidir no que vai acreditar, isso não o impede de, por conta própria, chegar as suas próprias conclusões. Concluir (individualmente, é claro) que céu e inferno não existem não é a mesma coisa que decidir, para que fique claro.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Acontece que maioria das pessoas não recebe essa oportunidade e já crescem tais quais robôs, sendo programadas. Nada as impede de formar um senso crítico mais tarde e questionar toda essa bagagem herdada de seus pais (ou quem quer que seja), mas é muito mais difícil.</span><br style="mso-special-character: line-break;" /> </span></div>
<div class="separator" style="clear: both; font-size: 14pt; text-align: center;">
<a href="http://3.bp.blogspot.com/-DT75ioCWPXU/ThO3a61Y-eI/AAAAAAAAAQs/TrTfv4wnCAg/s1600/crian%25C3%25A7as+religi%25C3%25A3o+lavagem+cerebral.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="138" src="http://3.bp.blogspot.com/-DT75ioCWPXU/ThO3a61Y-eI/AAAAAAAAAQs/TrTfv4wnCAg/s200/crian%25C3%25A7as+religi%25C3%25A3o+lavagem+cerebral.jpg" width="200" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="font-size: 14pt;">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Por isso que figuras como Richard Dawkins condenam que crianças sejam levadas para a religião, pois de acordo com ele e muitos outros intelectuais isso tira o direito da criança de desenvolver sua personalidade e conceitos por si só ou analisá-los de forma menos tendenciosa.</span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Já ouvi de amigos que não passar para o filho a própria crença é o mesmo que delegar isso para outros. Será?<br />
Será que mesmo sendo bombardeada por diversos pontos de vista uma pessoa não consegue, durante o seu desenvolvimento, avaliar por si própria e filtrar o que considera menos verossímil? Somos apenas reflexos de nossos pais ou de nossa criação? Somos apenas um amontoado de características absorvidas do resto da sociedade? Existe algum individualismo?</span></span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">* </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">A primeira imagem foi retirada do filme Laranja Mecânica (A Clockwork Orange - 1971), no qual o protagonista sofre uma série de tentativas de lavagem cerebral para que seu comportamento seja alterado.</span></span></span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com12tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-35521557439515766222011-05-23T14:48:00.000-03:002012-03-31T09:11:12.802-03:00A diferença entre Black Power e White Power<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-HPeqVX8nYXI/TdqbrMIYNgI/AAAAAAAAAKw/EHR5QD-moDE/s1600/Carlos+Latuff.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://4.bp.blogspot.com/-HPeqVX8nYXI/TdqbrMIYNgI/AAAAAAAAAKw/EHR5QD-moDE/s200/Carlos+Latuff.jpg" width="136" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Após inúmeras vezes ouvir exclamações do tipo “Negritude Jr. pode, né... Queria ver se fosse Branquitude Jr.”, resolvi escrever sobre o assunto. Muitos, sem noção e num momento de ignorância, até falam em “White Power”. Afinal, se Black Power pode, então White Power... Pode também! Não! É uma coisa bem simples na verdade, mas que muitos parecem se esquecer; uma coisa simples chamada Contexto Histórico.<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pois é... Contexto... </span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
Existe toda uma história de opressão, escravismo, preconceito, racismo e discriminação para legitimar esse movimento de autoafirmação negra. Há poucas décadas os negros ainda não podiam votar, há poucas décadas <a href="http://www.youtube.com/watch?v=siTs-8zbaq8" target="_blank">Martin Luther King</a> morreu por defender a igualdade entre negros e brancos, há poucas décadas existiam (existiam ou ainda existem?) bairros de negros e bairros de brancos. Ainda hoje, em pleno século XXI um negro ainda (em média) ganha menos que um branco, mesmo ocupando o mesmo cargo, ainda sofre discriminação e, em SP, por exemplo, tem que pensar duas vezes antes de andar sozinho em certas regiões da cidade, pois pode acabar apanhando ou sendo <a href="http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL593891-5605,00-HOMEM+MORRE+ESFAQUEADO+NA+RUA+AUGUSTA.html" target="_blank">morto por grupos neonazistas</a>.<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-i9MeNARwOcA/TdqcN0YHm4I/AAAAAAAAAK0/nT_SZHiElzk/s1600/WhitePowerKuKluxKlan.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://2.bp.blogspot.com/-i9MeNARwOcA/TdqcN0YHm4I/AAAAAAAAAK0/nT_SZHiElzk/s200/WhitePowerKuKluxKlan.jpg" width="168" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Acham que estou exagerando? Só no curto período em que trabalhei no hospital Santa Casa de São Paulo vi duas pessoas negras morrerem e uma chegar esfaqueada. Adivinha quem foram os responsáveis? Pois é...<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Agora me respondam... Qual é o contexto histórico que dá direito ao branco de levantar uma bandeira com a suástica bordada? De falar em “White Power”. Simplesmente não existe. É muito fácil para um grupo que nunca sofreu discriminação e que nunca teve sua capacidade intelectual (ou de qualquer tipo) colocada em xeque, falar sobre ironia. </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://1.bp.blogspot.com/-VAYO0w7uouw/TdqczHLuVII/AAAAAAAAAK4/Po6gcNXrGBM/s1600/black-power.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="http://1.bp.blogspot.com/-VAYO0w7uouw/TdqczHLuVII/AAAAAAAAAK4/Po6gcNXrGBM/s200/black-power.jpg" width="165" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
Black Power não é uma ironia, não é racismo com carta branca, mas sim uma autoafirmação que ainda se mostra necessária para certos grupos que até hoje vivem excluídos da sociedade e quando não excluídos, ainda assim sofrem alguma espécie de discriminação.</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-GQuxO-CNRzo/Tdqc_jU_JRI/AAAAAAAAAK8/uL6k0Y7r52c/s1600/black-power-salute-jpg%255B1%255D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="640" src="http://4.bp.blogspot.com/-GQuxO-CNRzo/Tdqc_jU_JRI/AAAAAAAAAK8/uL6k0Y7r52c/s640/black-power-salute-jpg%255B1%255D.jpg" width="457" /></a></div>
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: xx-small;">*A primeira imagem é de autoria de Carlos Latuff.</span></span>Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com54tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-19452204026128222372011-05-14T03:03:00.001-03:002012-11-03T13:38:34.083-02:00Nordestinos em São Paulo - Segregação e Discriminação<div class="MsoNormal">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">Estima-se que algo em torno de 20% da população de São Paulo seja composta por nordestinos. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Mas a questão é: onde eles estão? </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Sou paulistano, tenho um círculo social razoavelmente extenso, mas (infelizmente) tenho apenas um amigo nordestino. </span><br />
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">
<br />
Claro que o meu caso poderia ser um caso isolado, mas notem que, pelo menos através da minha percepção, eles – nordestinos – estão ausentes ou em extrema minoria em praticamente todos os ambientes comuns à classe média de São Paulo. </span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Vejo pessoas do Sul, Centro-Oeste (não que se possa identificar a origem de alguém apenas pelo ato de olhar) e inclusive de outros países nesses ambientes, mas nordestinos em geral são minoria. <br />
<br />
Esses ambientes são: escolas particulares, universidades, estabelecimentos das zonas centrais de São Paulo e das zonas nobres. É um fenômeno bastante semelhante ao que ocorre com negros. É bem simples e óbvio, mas vou explicar: os negros, desde a abolição da escravatura, sempre encontraram mais dificuldades para se integrar aos meios de participação. O racismo e a discriminação sempre foi um grande empecilho.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Esse fator social foi determinante para isolar o negro e restringir o seu acesso. Atualmente as coisas já não são como há 50 anos (quando era infinitamente pior), contudo, ainda existem inúmeros obstáculos e grande parte dos negros, mesmo hoje, vivem à margem do desenvolvimento, educação e infraestrutura. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Com os nordestinos ocorreu algo semelhante do ponto de vista da exclusão. A região Nordeste e Norte sempre foi negligenciada pelo governo; nelas o trabalho escravo já foi uma realidade comum e, ainda hoje, muitos trabalhadores se encontram nesta situação. A etnia comum aos nordestinos decorre da miscigenação entre brancos e índios (caboclo) e, devido a isto, eles sofrem muito preconceito. Diria até que eles sofrem tanto preconceito quanto o negro, <o:p></o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">ao menos em São Paulo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Dada a situação de abandono e miséria de diversos Estados nordestinos, nada mais comum e esperado que tentem melhorar de vida migrando para regiões mais ricas, como o Sudeste, principalmente São Paulo. Acontece que devido ao baixo nível de instrução de parte considerável desses migrantes, estes dificilmente se encaixam em boas posições no mercado de trabalho exigente das grandes metrópoles, tendo muitas vezes que render-se aos - tão comumente chamados pelos paulistanos de - subempregos. O custo de vida numa capital como SP é alto e viver à custa de salário mínimo (às vezes até menos) é muito difícil.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Então esse é um dos fatores que explica a grande concentração de nordestinos nas favelas. Muitos associam isso ao aumento da criminalidade na cidade e reagem de forma preconceituosa, <o:p></o:p></span><span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 16px; line-height: 18px;">num claro sinal de ignorância e intolerância.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Pedi a opinião de dois amigos, um nordestino e outro filho de nordestinos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">* Leandro Roberto, estudante de Publicidade e filho de nordestinos:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><i></i></span></div>
<div class="MsoNormal" style="mso-layout-grid-align: none; mso-pagination: none;">
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif;"><i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">O preconceito contra nordestinos em São Paulo é evidente de varias formas. <br />
Como metade da população é nordestina ou descendente, isso é algo para se prestar atenção. O segregacionismo de nordestinos se mostra de maneira não muito direta. Os empregos em que não se precisa de uma formação universitária são preenchidos na sua maioria por eles. E claro que devido a isso, e ao fato de terem uma cultura em alguns aspectos diferente, além do sotaque, gera vários tipos de problemas. Daí surgem frases como: ''mate um nordestino por dia'' e afins. <br />
Claro que independentemente da função, por seu enorme número, os nordestinos se tornaram simplesmente indispensáveis para o funcionamento de São Paulo em todos os aspectos.<o:p></o:p></span></i></i></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="pt" style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: small;">* </span><span lang="pt" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Cássio Wesley, nordestino e estudante de Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FATEC de SP:</span><br />
</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: x-small;"><i><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span lang="pt" style="color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br />
E</span><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">u me sinto de um modo chateado <a href="http://xucurus.blogspot.com/2010/11/o-vazio-e-o-preconceito-uma-geracao-que.html">com o que falam</a> e pensam sobre os nordestinos e julgam sem pensar, sem coerência. Mas vendo de outra forma, foi o local onde me acolheram e que consegui crescer e ter um bom discernimento do que realmente quero no mundo; desejo que as pessoas parem de pensar que o pessoal do nordeste não sabe de nada e olhem mais para o lado de que se trata de um choque de culturas e que eles podem aprender muito com a gente e vice-versa.</span></i></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
Creio, portanto, que essa é uma situação que precisa receber mais atenção por parte de todos. A hipocrisia e preconceito estão aí, mascarados por uma camada espessa de indiferença.<br />
<br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;">Abaixo, alguns exemplos da visão que alguns paulistanos possuem dos nordestinos:<br />
<br />
Textos encontrados no site <a href="http://desciclopedia.org/wiki/Nordestino">Desciclopédia</a>: <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Arial, sans-serif; font-size: 12pt; line-height: 115%;"> </span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><i>“<span class="apple-style-span"><span style="color: black;">Verdadeira praga! Só vêm pras nossas cidades pra fazer favela!</span>”</span> </i></span><br />
<br />
<i style="mso-bidi-font-style: normal;">“<span class="apple-style-span"><span style="color: black;">Os nordestinos só existem porque todo país tem de ter uma</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="color: black;"> </span></span><span class="apple-style-span"><span style="color: black;">escória</span><span style="color: black;">; são famosos por serem nômades deixando sua terra de origem miserável, imigrando-se a caminho das regiões Sul e Sudeste do Brasil em busca de emprego, comida e se possível, um clima mais frio, onde criam favelas igualmente miseráveis</span>(...)”<o:p></o:p></span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<i style="mso-bidi-font-style: normal;"><span class="apple-style-span"><br />
</span></i></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-style-span"><i><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;">“Os nordestinos não geram nenhuma riqueza ao Brasil, diretamente ou indiretamente. Com as suas secas no sertão nordestino, obrigando o resto do país trabalhar para pagar as puxas saquisees de pobre (bolsa famíla) oferecidas pelo nosso presidente</span>(...)”<o:p></o:p></i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-style-span"><i style="mso-bidi-font-style: normal;"><br />
</i></span></div>
<div class="MsoNormal">
<i><span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;">“A segunda maior fonte de renda dos nordestinos vem do turismo</span></span><span class="apple-converted-space"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"> </span></span></i><span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><i>sexual. Principalmente, europeus pedófilos e pervertidos que gostam de comer criancinhas feias de nariz remelento.”<o:p></o:p></i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span class="apple-style-span"><span style="color: black; font-family: Arial, sans-serif;"><i><br />
</i></span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-KwkdC8peOeA/Tc4XJl1nRuI/AAAAAAAAAJQ/KfRxjoOml5o/s1600/mpnordestino1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="237" src="http://1.bp.blogspot.com/-KwkdC8peOeA/Tc4XJl1nRuI/AAAAAAAAAJQ/KfRxjoOml5o/s400/mpnordestino1.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mayara Petruso - Discriminação no Twitter</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-bKdizu2_3TE/Tc4XbYg3LuI/AAAAAAAAAJU/obUoIcSjsvU/s1600/lucianafarah1_twitter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="253" src="http://1.bp.blogspot.com/-bKdizu2_3TE/Tc4XbYg3LuI/AAAAAAAAAJU/obUoIcSjsvU/s400/lucianafarah1_twitter.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Lucian Farah - Preconceito no Twitter</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-mYXal0h4iqw/Tc4X1oGHzeI/AAAAAAAAAJY/2JO268pQQzw/s1600/amandaregis1_twitter.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="255" src="http://3.bp.blogspot.com/-mYXal0h4iqw/Tc4X1oGHzeI/AAAAAAAAAJY/2JO268pQQzw/s400/amandaregis1_twitter.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Amanda Régis - Racismo e Discriminação no Twitter</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://2.bp.blogspot.com/-P6uSEX6Yp4U/Tc4YDGiq5mI/AAAAAAAAAJc/XWvu4chZmxs/s1600/Preconceito+no+Orkut4.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="236" src="http://2.bp.blogspot.com/-P6uSEX6Yp4U/Tc4YDGiq5mI/AAAAAAAAAJc/XWvu4chZmxs/s400/Preconceito+no+Orkut4.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique sobre a imagem para visualizar melhor (Discriminação no Orkut)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-4luT5Gr2BI4/Tc4YTYwB1QI/AAAAAAAAAJg/Q_lyEZ_2brM/s1600/Preconceito+no+Orkut2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="102" src="http://1.bp.blogspot.com/-4luT5Gr2BI4/Tc4YTYwB1QI/AAAAAAAAAJg/Q_lyEZ_2brM/s400/Preconceito+no+Orkut2.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique sobre a imagem para visualizar melhor (Preconceito no Orkut)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-RbsXQusDs3g/Tc4Yaggf9eI/AAAAAAAAAJk/G03DDAeckMA/s1600/Preconceito+no+Orkut.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="111" src="http://4.bp.blogspot.com/-RbsXQusDs3g/Tc4Yaggf9eI/AAAAAAAAAJk/G03DDAeckMA/s400/Preconceito+no+Orkut.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique sobre a imagem para visualizar melhor (Xenofobia no Orkut)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-Jf9io_sfhjg/Tc4Ym71DnOI/AAAAAAAAAJo/o1ua0pl9Rik/s1600/Preconceito+no+Orkut3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="122" src="http://1.bp.blogspot.com/-Jf9io_sfhjg/Tc4Ym71DnOI/AAAAAAAAAJo/o1ua0pl9Rik/s400/Preconceito+no+Orkut3.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Clique sobre a imagem para visualizar melhor (Xenofobia no Orkut)</td></tr>
</tbody></table>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com78tag:blogger.com,1999:blog-5069351310844790502.post-88825391483873238032011-05-07T13:33:00.003-03:002024-02-03T12:13:53.019-03:00Crianças Drogadas – Fechem os Olhos<div class="MsoNormal">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Virada Cultural, 17 de Abril de 2011. Enquanto todos aguardavam pelo início da apresentação que ocorreria na arena de luta livre improvisada, uma segunda “atração” espantava os que ali estavam. Três crianças: um menino de aproximadamente sete anos fumando, outro de aproximadamente nove fazendo o mesmo e uma menina com no máximo doze anos cheirando cola.<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal"><span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Crianças se drogando, principalmente no Centro de São Paulo, não é nenhuma novidade; já se tornou uma visão comum e que dificilmente gera espanto. A questão ali, naquela manhã de domingo da Virada Cultural, era o forte choque e contraste de realidades. De um lado, crianças maltrapilhas e abandonadas a um destino desolador e, do outro, crianças de classe média/média baixa ao lado de seus pais.<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Para elas - crianças comuns -, entretenimento e diversão. Palhaços animando-as enquanto o show não começava. Para as outras, ali na extremidade oposta, indiferença.<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<div class="MsoNormal">
<span face=""Arial","sans-serif"" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Um dos responsáveis pelo evento disse com asco na voz:
<i>“As pessoas estão horrorizadas!”</i>. Logo percebi que o asco se devia não pela
reação (diga-se de passagem, silenciosa) das pessoas, mas sim direcionado
àquelas prematuras vítimas da desigualdade. A solução foi rápida, simples e
previsível: <i>“Tirem elas dali!”</i> – disse o homem.</span></div>
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="true"
DefSemiHidden="true" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="267">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="59" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" UnhideWhenUsed="false" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" SemiHidden="false"
UnhideWhenUsed="false" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:10.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:115%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri","sans-serif";
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">Um guarda se aproximou e deu o ultimato. Os garotos distanciaram-se rapidamente da arena. Não apenas da arena, mas também do alívio que poderiam vir a ter, por uma fração de segundos, do mundo ao qual estavam relegados, ao assistir o evento que logo começaria. Tais quais os meninos do livro Capitães da Areia ao brincar no Carrossel, porém, sem a idealização de Jorge Amado.<br style="mso-special-character: line-break;" /> <br style="mso-special-character: line-break;" /> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;">A menina, com esforço e cambaleante, lentamente se afastou. Logo os olhos dos cidadãos estavam livres daquela imagem. E como se nada tivesse acontecido o evento teve início.</span><br />
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
Veio à minha mente aquela máxima já clicherizada: <br />
“O que os olhos não veem o coração não sente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://1.bp.blogspot.com/-qGlDTXTdoG0/TcVzo-bI2mI/AAAAAAAAAH8/oG4Vz8vKIMo/s1600/capit%25C3%25A3es%252Bda%252Bareia%255B1%255D.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="http://1.bp.blogspot.com/-qGlDTXTdoG0/TcVzo-bI2mI/AAAAAAAAAH8/oG4Vz8vKIMo/s400/capit%25C3%25A3es%252Bda%252Bareia%255B1%255D.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Capitães da Areia - Jorge Amado<br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://4.bp.blogspot.com/-h4VQ2ZUETw8/TcVz2v0fVHI/AAAAAAAAAIA/gY2roZ8CeAI/s1600/VIRADA-CULTURAL-2011-16-E-17-DE-ABRIL.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="http://4.bp.blogspot.com/-h4VQ2ZUETw8/TcVz2v0fVHI/AAAAAAAAAIA/gY2roZ8CeAI/s320/VIRADA-CULTURAL-2011-16-E-17-DE-ABRIL.jpg" width="290" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Virada Cultural - 2011<br />
<br /></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span face="Arial, sans-serif" style="font-size: 12pt; line-height: 115%;"><br />
</span></div>
Fernando Borgeshttp://www.blogger.com/profile/07929791370117768699noreply@blogger.com2